Alguns testemunhos nos trazem
lágrimas aos olhos, outros nos colocam um sorriso no rosto. Alguns nos
inspiram, e outros nos deixam pensando no significado mais profundo.
Então, há testemunhos como este, que nos fazem dizer “UAU!” Prepare-se,
porque você vai gostar.
Há cerca de 15 anos, meu sogro
organizou uma viagem de pesca de salmão no Lago Michigan para a família
toda, um total de 13 pessoas. Chegamos um dia antes para apreciar a
paisagem. Fomos ao lago, e as crianças brincavam na areia. Quase tudo
era areia, incluindo um parquinho ao lado, que tem parte neste
testemunho.
No meio da tarde todas as crianças
estavam brincando no parquinho, e eu estava empurrando minha sobrinha no
balanço. Eu era recém-casado, e estava brincando com minha aliança,
pois ainda não estava acostumado com ela. Fiquei passando-a do dedo
anelar para o dedo mínimo, pois era mais confortável. Bem, como se verá,
não é a coisa mais inteligente a fazer enquanto se empurra uma criança
no balanço num parquinho cheio de areia. Sim, você adivinhou, senti algo
diferente na minha mão quando dei mais um empurrão, e percebi que tinha
perdido minha aliança! Não sou do tipo que entra em pânico facilmente, e
como ainda era de tarde, pensei que teria muito tempo para encontrá-la.
A notícia de que perdi minha aliança
se espalhou rapidamente pelo parquinho lotado de gente. Logo havia
pessoas que eu não conhecia, assim como minha família, vasculhando a
areia ao redor do balanço tentando me ajudar a encontrar a aliança.
Passou uma hora, e depois outra, e assim por diante. Fiz o que qualquer
pessoa faria, e tentei pensar que ferramenta poderia me ajudar a sair
daquela confusão. Liguei para todos os lugares onde achei que pudesse
encontrar um detector de metais, e não deu em nada. À medida que a tarde
começava a dar lugar à noite, todas as pessoas que estavam ajudando
foram embora e só ficou a família. Passou aproximadamente mais uma hora,
e agora estava escurecendo. Meus sogros, Dale e Ardith, e meu cunhado,
Andrew, e minha irmã, Michelle, estavam cansados. Tinha sido um dia
longo. Ninguém queria ficar aqui à procura deste anel, pois tínhamos de
estar no barco de pesca antes do amanhecer do dia seguinte. Eu lhes
disse que podiam voltar para o hotel, que a Andrea (esposa), eu e minha
filha, Briana, ficaríamos procurando.
Eu não queria desistir, pois minha
esposa estava em prantos a esta altura. Não se pode culpá-la, pois o
“idiota - eu” havia perdido a aliança que ela tinha acabado de comprar
para mim. Também fiquei preocupado que se não fosse à pescaria e
tentasse esperar até a manhã seguinte, alguns catadores de praia viessem
bem mais cedo com um detector de metais e encontrassem minha aliança.
Também era do conhecimento de algumas pessoas que eu não conhecia que eu
tinha perdido uma aliança de ouro no parquinho. Agora que quase todo
mundo tinha ido embora, eu bolei um plano. Fizemos uma busca minuciosa
entre os brinquedos de praia das crianças e achamos um balde, e mais
importante, uma peneira que as crianças usam para peneirar areia.
Desenhei quadrados na areia (muitos) embaixo, na frente e até mesmo
atrás do balanço, pois não tinha ideia da direção em que o anel tinha
voado do meu dedo. Então comecei em um dos quadrados e peneirei tudo em
cima de outro quadrado. Então peneirei aquele quadrado incluindo toda
aquela areia que eu já havia peneirado e toda a areia que estava por
baixo, e retornei tudo ao quadrado vazio. Este foi meu ponto de partida.
Depois disso, peneiramos um
quadrado, depois outro, e outro, e assim por diante, amontoando tudo no
mesmo monte. A areia era profunda, e eu tinha que ir até o fundo por
causa de todos que vasculharam a areia naquela tarde à procura da
aliança. Qualquer um que me conhecia sabia que eu era um pouquinho
perfeccionista naquela época. Eu estava sendo extremamente cuidadoso,
certificando-me de que toda a areia passasse por aquela peneira de
brinquedo. Estava ficando tarde, e eu estava me afastando cada vez mais
do balanço usando meu método de “grade”. Agora tínhamos um enorme monte
de areia, toda peneirada com extremo cuidado. Tratava-se da minha
aliança, e eu não queria me arriscar fazendo um serviço pela metade. Sei
que todo mundo já ouviu o ditado da agulha no palheiro. Bem, estávamos
vivenciando isso em primeira mão. Eu estava determinado, mas perdendo a
esperança ao mesmo tempo.
Já estávamos procurando há muito
tempo. Andrea estava ficando muito cansada, e ela não fica com de bom
humor quando está cansada (desculpe-me, querida). Saímos bem cedo aquele
dia para viajar até lá, somado ao estresse de perder a aliança, e a
mineração na areia por horas e horas, era praticamente tudo com que a
pobrezinha podia lidar em um dia. Ela estava realmente triste com a
perda, e fiquei arrasado ao vê-la tão aflita por causa da minha
estupidez. Briana ficava pedindo para pararmos e irmos para o hotel. Era
por volta das 11 da noite, e eu estava ficando realmente desesperado.
As duas estavam física e emocionalmente exaustas a esta altura, e se
sentaram e ficaram assistindo minha fútil tentativa de encontrar o anel.
Eu estava tão longe do balanço agora usando o sistema de “grade”, que
não fazia mais sentido continuar tentando. Agora eu estava começando a
desanimar por estar muito triste, sentindo que falhara com minha esposa.
Eu havia feito, sem dúvida, tudo “humanamente” possível para encontrar
aquele anel com o que eu dispunha. Eu tinha um monte de areia que
parecia um enorme cupinzeiro, e sabia que não havia nenhuma maneira do
anel ter passado pela peneira. Não havia mais nada que eu pudesse fazer.
Eu estava acabado. Eu tinha falhado. Minha esposa e minha filha havia
tempo que estavam acabadas, e agora eu também estava. Finalmente percebi
que não encontraria aquele anel de casamento por mim mesmo. Tenho
vergonha de dizer que levou a tarde toda, até quase meia-noite, para eu
chegar a perceber que ainda não havia saído do caminho e deixado o
Senhor cuidar do assunto. Não consigo expressar em palavras o sentimento
que estava a ponto de me dominar quando finalmente percebi o completo
fracasso e admiti para mim mesmo que não encontraria aquela aliança sem a
ajuda do Senhor.
De repente senti um forte desejo de
orar, algo que admito não ter feito corretamente até aquele momento.
Instantaneamente recebi uma energia recém encontrada e me juntei à minha
esposa e minha filha e fomos ao lado do parquinho e nos ajoelhamos.
Senti o desejo de que minha filha Briana orasse, pois senti que isso
aumentaria sua fé. Ela fez uma pequena e doce oração para que
encontrássemos nossa aliança perdida. Assim que ela terminou, me
levantei rápido, fui até o enorme monte de areia e enfiei a mão nele,
peguei um punhado de areia e disse: “VAMOS!” Sem ao menos uma quantidade
microscópica de dúvida, eu imediatamente comecei a ir em direção ao
carro, e quando a areia vazou por entre os meus dedos, EU ESTAVA COM
AQUELA ALIANÇA NA MÃO!
Chris e Andrea Sanger,
Charlestown, Indiana
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