UMA
EXPOSIÇÃO DAS SETE ERAS DA IGREJA
Apresentando um estudo detalhado das Sete Eras
da Igreja e das várias doutrinas maiores contidas no
Apocalipse, Capítulos
Um a Três.
INTRODUÇÃO
Embora este volume se ocupe com várias
doutrinas maiores (tais como a Divindade, Batismo nas Águas, etc.) encontradas
em Apocalipse, capítulos Um a Três, seu tema principal é a exposição de um
estudo detalhado das Sete Eras da Igreja. Isto é necessário a fim de estudar e
compreender o resto do Apocalipse, pois das Eras vêm os Selos, e dos Selos vêm
as Trombetas, e das Trombetas vêm as Taças. Como a primeira explosão de fogos
de artifício, as Eras da Igreja surgem com uma poderosa iluminação inicial, sem
a qual não poderia haver luz posterior. Mas, uma vez que o brilho das Sete Eras
da Igreja é dado por revelação divina, segue-se luz sobre luz, até que o
conjunto do Apocalipse se abra inteiramente diante de nossos olhos
maravilhados; e nós, edificados e purificados por seu Espírito, somos
preparados para a Sua gloriosa aparição, a saber, nosso Senhor e Salvador, o
Único Deus Verdadeiro, Jesus Cristo.
Esta composição é apresentada na primeira
pessoa, porquanto é uma mensagem de meu coração para o coração das pessoas.
Esforços minuciosos foram feitos para
colocar em letra maiúscula todos os nomes e títulos, substantivos e pronomes,
etc., que se referem à Divindade, e também as palavras Bíblia, Escritura, e a
Palavra, porquanto consideramos isto singularmente apropriado, em se falando da
majestade e Pessoa de Deus e Sua Santa Palavra.
Eu rogo a bênção de Deus sobre cada
leitor; e que a iluminação dada pelo Espírito de Deus possa ser a porção
especial de cada um.
William Marrion Branham
A ERA DA
IGREJA DE PÉRGAMO
Apocalipse 2:12-17
E ao anjo da igreja que está em Pérgamo
escreve: Isto diz Aquele que tem a espada aguda de dois fios:
Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que
é onde está o trono de Satanás; e reténs o Meu Nome, e não negaste a Minha fé, ainda
nos dias de Antipas, Minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde
Satanás habita.
Mas umas poucas de coisas tenho contra ti:
porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar
tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da
idolatria, e se prostituíssem.
Assim tens também os que seguem a doutrina
dos nicolaítas, o que Eu aborreço.
Arrepende-te, pois, quando não em breve
virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da Minha boca.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às igrejas: Ao que vencer darei Eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma
pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão
aquele que o recebe.
PÉRGAMO
Pergamum (antigo nome) situava-se na
Mísia, num distrito banhado por três rios, por um dos quais se comunicava com o
mar. Era descrita como a cidade mais ilustre da Ásia. Era uma cidade de cultura
com uma biblioteca somente superada pela de Alexandria. Todavia era uma cidade
de grande pecado, dada a ritos licenciosos de adoração a Esculápio, a quem
adoravam na forma de uma serpente viva, que era abrigada e alimentada no
templo. Nesta bela cidade de bosques irrigados, passeios e parques públicos
vivia um pequeno grupo de crentes dedicados que não eram enganados pela aparência
superficial de beleza, e abominavam a adoração satânica que enchia o lugar.
A ERA
A Era de Pérgamo durou quase trezentos
anos, de 312 até 606 d.C.
O
MENSAGEIRO
Usando nossa regra dada por Deus para
escolher o mensageiro para cada era, isto é, nós escolhemos aquele cujo ministério
se aproxime mais ao ministério do primeiro mensageiro, Paulo, sem hesitação
declaramos ser Martin o mensageiro para Pérgamo. Martin nasceu na Hungria em
315. Entretanto, toda sua vida de trabalho foi na França onde trabalhou em
Tours e arredores como bispo. Ele morreu em 399. Este grande santo foi tio de
outro cristão maravilhoso, São Patrício da Irlanda.
Martin converteu-se a Cristo quando seguia
carreira como soldado profissional. Foi quando ainda estava engajado nesta ocupação
que ocorreu um milagre deveras extraordinário. A história registra que um
mendigo jazia doente nas ruas da cidade para onde Martin fora designado. O frio
do inverno era mais do que ele podia suportar porque estava pobremente vestido.
Ninguém dava nenhuma atenção às suas necessidades até que Martin se aproximou.
Vendo a situação difícil deste pobre homem, mas não tendo uma veste extra,
tirou o seu manto externo cortou-o em dois com sua espada, e envolveu o pano em
torno do homem congelado. Ele cuidou dele o melhor que podia e continuou seu
caminho. Aquela noite o Senhor Jesus apareceu a ele numa visão. Ali estava Ele,
como um mendigo, envolto na metade do manto de Martin. Ele lhe falou e disse:
“Martin, embora ele seja somente um catecúmeno vestiu-Me com esta veste.”
Daquele tempo em diante Martin procurou servir ao Senhor de todo o seu coração.
Sua vida tornou-se uma série de milagres manifestando o poder de Deus.
Após ter deixado o exército e tendo se
tornado um líder na igreja, ele tomou uma posição bem militante contra a
idolatria. Ele derrubou os bosques, quebrou as imagens e demoliu os altares.
Quando confrontado pelos pagãos por causa de suas obras, ele os desafiava da
mesma maneira que Elias fez com os profetas de Baal. Ele se ofereceu para ser
amarrado a uma árvore no lado inferior desta, de forma que quando fosse derrubada
ela o esmagaria a menos que Deus interviesse e virasse a árvore ao contrário
enquanto caísse. Os astutos pagãos o amarraram a uma árvore que crescia na
encosta de uma colina, seguros de que a atração natural da gravidade faria a
árvore cair para esmagá-lo. Assim que a árvore começou a cair, Deus virou-a
rapidamente colina acima, contrário a todas as leis naturais. Os pagãos que
fugiam foram esmagados enquanto a árvore caía sobre diversos deles.
Historiadores reconhecem que, em pelo
menos três ocasiões, ele ressuscitou os mortos pela fé no Nome de Jesus. Em uma
ocasião ele orou por um bebê morto. Como Eliseu, ele se estendeu sobre o bebê e
orou. Ele voltou à vida e à saúde. Em outra ocasião ele foi chamado para ajudar
a livrar um irmão que estava sendo levado à morte num tempo de grande perseguição.
Quando ele chegou o pobre homem já estava morto. Eles o tinham enforcado numa
árvore. Seu corpo estava sem vida e seus olhos projetados para fora das
órbitas. Porém Martin o desceu, e depois que orou o homem foi restaurado à vida
e à sua família rejubilante.
Martin nunca temeu o inimigo não
importando quem fosse. Assim ele foi pessoalmente fazer frente a um imperador
ímpio, que era responsável pela morte de muitos santos cheios do Espírito. O
imperador não lhe concedia uma audiência, então Martin foi ver um amigo do
imperador, um certo Damasus, um bispo cruel de Roma. Mas o bispo, sendo um
cristão nominal da falsa vinha não intercedeu. Martin voltou ao palácio, mas
agora os portões tinham sido trancados e eles não lhe permitiam entrar. Ele se
prostrou sobre seu rosto diante do Senhor e rogou que pudesse entrar no
palácio. Ele ouviu uma voz o convidando a se levantar. Quando ele o fez, viu os
portões se abrirem por si mesmos. Ele entrou na corte. Porém o arrogante
governante não virava sua cabeça para falar com ele. Martin novamente orou. De
repente um fogo surgiu espontaneamente do assento do trono e o infeliz
imperador o desocupou rapidamente. Certamente o Senhor humilha os soberbos e
exalta os humildes.
Tal era o seu fervor em servir ao Senhor
que o diabo foi extremamente provocado. Os inimigos da verdade contrataram assassinos
para matar Martin. Eles chegaram furtivamente à sua casa e quando estavam para
matá-lo, ele se pôs de pé e expôs sua garganta à espada. No momento em que
saltavam para a frente, o poder de Deus repentinamente arremessou-os para trás,
para o outro lado do quarto. Tão vencidos ficaram naquela santa e temível
atmosfera que eles rastejaram sobre suas mãos e joelhos e imploraram perdão
pelo atentado contra sua vida.
Muito freqüentemente quando homens são
usados de maneira notória pelo Senhor eles se ensoberbecem. Mas não foi assim
com Martin. Ele sempre permaneceu um humilde servo de Deus. Uma noite quando
ele estava se preparando para entrar ao púlpito, um mendigo chegou ao seu
escritório e pediu alguma roupa. Martin encaminhou o mendigo ao seu diácono principal.
O arrogante diácono ordenou-lhe que se retirasse. Por isso ele voltou para ver
Martin. Martin levantou-se e deu ao mendigo sua própria túnica fina, e pediu ao
diácono para lhe trazer outra que era de qualidade inferior. Aquela noite enquanto
Martin pregava a Palavra, o rebanho de Deus viu um suave brilho de luz branca
ao redor de sua pessoa.
Seguramente este foi um grande homem, um
verdadeiro mensageiro para aquela era. Nunca desejoso de nada, a não ser agradar
a Deus, ele viveu uma vida extremamente consagrada. Nunca podia ser induzido a
pregar até que tivesse primeiro orado e estivesse numa tal disposição
espiritual para conhecer e entregar todo o conselho de Deus enviado do céu pelo
Espírito Santo. Muitas vezes ele deixava as pessoas esperando enquanto orava
para obter plena segurança.
Só de saber a respeito de Martin e seu
poderoso ministério poderia fazer alguém pensar que a perseguição aos santos diminuíra.
Não foi assim. Eles ainda estavam sendo destruídos pelo diabo por intermédio
dos maus. Eles eram queimados no poste. Eram pregados em toras, de bruços, e
cães selvagens eram soltos sobre eles, de maneira que os cães arrancavam a carne
e as entranhas, deixando as vítimas morrerem em terrível tortura. Bebês eram
tirados com violência de mães grávidas e lançados aos porcos. Os seios das
mulheres eram cortados e elas eram forçadas a permanecer de pé enquanto cada
batida do coração fazia o sangue jorrar até que sucumbiam. E a tragédia fica
ainda maior ao se pensar a respeito, quando a gente se dá conta que isto não
era obra exclusiva de pagãos, mas muitas vezes era causada pelos assim chamados
cristãos que achavam que faziam um favor a Deus em exterminar estes leais
soldados da cruz que defendiam a Palavra e a obediência ao Espírito Santo. João
16:2: “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos
matar cuidará fazer um serviço a Deus.” Mat. 24:9: “Então vos hão de entregar para
serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por
causa do Meu Nome.”
Pelos sinais e prodígios, pelo poder do
Espírito, Martin foi verdadeiramente vindicado como o mensageiro para essa era.
Mas ele não apenas foi dotado com um grande ministério, ele próprio foi sempre
fiel à Palavra de Deus. Ele combateu a organização. Ele opôs resistência ao
pecado nos lugares altos. Ele defendeu a verdade com palavras e atos e viveu
toda uma vida de vitória cristã.
Um biógrafo escreveu a respeito dele
assim: “Ninguém jamais o viu irado, ou perturbado, ou se entristecendo, ou rindo.
Ele era sempre o mesmo, e parecia algo além de mortal, mostrando em seu semblante
uma espécie de gozo celestial. Nunca havia em seus lábios nada além de Cristo,
nunca havia em seu coração nada além de piedade, paz e compaixão. Freqüentemente
chorava até pelos pecados dos seus detratores, os quais, quando ele estava
quieto e ausente, o atacavam com lábios de víbora e línguas peçonhentas. Muitos
o odiavam pelas virtudes que eles próprios não possuíam e não podiam imitar; e ai!
os seus mais implacáveis atacantes eram bispos.”
A
SAUDAÇÃO
Apoc. 2:12b: “Isto diz Aquele Que tem a
espada aguda de dois fios.”
A mensagem para a terceira era da igreja
está para sair. A terceira cena deste drama que se desenrola, de “Cristo no
meio de Sua igreja” está para ser revelada. Com voz como de trombeta, o
Espírito apresenta o Incomparável: “Aquele Que tem a espada aguda de dois
fios!” Quão vasta diferença tem esta apresentação com aquela em que Pilatos
apresentou o Cordeiro de Deus, vestido com mantos escarnecedores de púrpura,
ferido e coroado de espinhos, dizendo: “Eis aqui o vosso Rei!” Agora, vestido
regiamente e coroado de glória encontra-se o Senhor ressurreto, ‘Cristo, poder
de Deus’.
Nestas palavras: ‘Aquele Que tem a espada
aguda de dois fios’ encontra-se outra revelação da Divindade. Na Era de Éfeso,
você recordará que Ele foi apresentado como o Deus Imutável. Na Era de Esmirna
O vimos como o ÚNICO DEUS VERDADEIRO e que fora Dele não havia outro. Agora
nesta Era de Pérgamo há uma revelação adicional de Sua Divindade, descrita pela
Sua associação com a espada aguda de dois fios, que é a Palavra de Deus. Heb.
4:12: “Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e
das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.” Ef. 6:17: “Tomai a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.”
Apoc. 19:13 e 15a: “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o Nome
pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E da Sua boca saía uma aguda espada.”
João 1:1-3: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele (o Verbo) estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas
por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez.” 1 João 5:7: “Porque três são
os que testificam no Céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três
são UM.”
Agora podemos ver Sua associação com a
Palavra. ELE É A PALAVRA. É isso Que Ele é. A
PALAVRA EM SEU NOME.
Em João 1:1 onde diz: “No princípio era o
Verbo,” a raiz de onde tomamos nossa tradução para ‘Verbo’ é ‘Logos’ que significa
‘o pensamento ou conceito.’ Tem o duplo sentido de ‘pensamento’ e ‘linguagem’.
Ora, um ‘pensamento expresso’ é uma ‘palavra’, ‘ou palavras’. Não é isso
maravilhoso e belo? João diz que o conceito de Deus foi expresso em Jesus. E Paulo
diz a mesma coisa em Heb. 1:1-3: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes,
e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos
dias pelo Filho, (Logos) a Quem constituiu herdeiro de tudo, por Quem fez
também o mundo. O Qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem
da Sua Pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do Seu poder, havendo
feito por Si Mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da
Majestade nas alturas.” Deus expressou-se na pessoa de Jesus Cristo. Jesus era
a Expressa Imagem de Deus. Novamente em João 1:14: “E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós.” A própria substância
de Deus se fez carne e habitou entre
nós. O grande Deus-Espírito, do Qual ninguém podia se aproximar e ao Qual
ninguém tinha visto ou podia olhar, estava agora manifestado em carne e
habitava entre homens, expressando a plenitude de Deus aos homens. João 1:18:
“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, Que está no seio do Pai,
Esse O fez conhecer.” Deus, Que em diversas ocasiões manifestou Sua presença
pela nuvem ou coluna de fogo que infundia temor no coração dos homens; este
Deus, Cujas características íntimas eram conhecidas somente pela revelação de
palavras através dos profetas, agora tornava-se Emanuel (Deus conosco)
declarando a Si Mesmo. A palavra ‘declarar,’ é tomada da raiz grega que freqüentemente
interpretamos como exegese, que significa explicar e esclarecer completa e
minuciosamente. É isso o que a PALAVRA Viva, Jesus, fez. Ele nos trouxe Deus,
porque Ele era Deus. Ele nos revelou Deus com tão perfeita clareza que João
pôde dizer acerca Dele em 1 João 1:1-3: “O Que era desde o princípio, o Que
ouvimos, (Logos significa linguagem) o Que vimos com os nossos olhos, o Que
temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida; (Porque a Vida foi
manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a Vida
Eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o Que vimos e ouvimos,
isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão
é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo.” Quando Deus foi verdadeiramente
revelado, Ele se manifestou em carne. “Quem me vê a Mim vê o Pai.”
Agora, em Heb. 1:1-3 observamos que Jesus
era a expressa imagem de Deus. Ele era Deus expressando-se a Si Mesmo como homem
ao homem. Mas há algo mais a notar nestes versículos, especialmente os
versículos um e dois. “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de
muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias
pelo Filho.” Quero que observe aqui na margem de sua Bíblia [Bíblia com referências
e anotações do Dr. C. I. Scofield_Trad.] e você verá uma correção. A palavra
‘pelos’ não é uma tradução correta. Deveria ser ‘NOS’. Não ‘pelos’. Então lê-se
corretamente: “Deus antigamente falou aos pais NOS profetas por meio da
Palavra.” I Sam. 3:21b: “Porquanto o Senhor se manifestava a Samuel em Siló
pela Palavra do Senhor.” Isso revela I João 5:7 perfeitamente: “O Espírito e a
Palavra são UM.” Jesus revelou o Pai. A Palavra revelou o Pai. Jesus era a
Palavra Viva. Louvado seja Deus, hoje Ele ainda é essa Palavra Viva.
Quando Jesus esteve na terra Ele disse:
“Não crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu vos
digo nas as digo de Mim mesmo, mas o Pai, que está em Mim, é quem faz as
obras.” João 14:10. Aqui está mais evidentemente exposto que a perfeita
manifestação de Deus no Filho foi pelo Espírito habitando interiormente e manifestando-se
em Palavra e obras. Isso é exatamente o que temos ensinado todo o tempo. Quando
a noiva voltar a ser uma noiva Palavra, ela produzirá as mesmas obras que Jesus
produziu. A Palavra é Deus. O Espírito é Deus. Todos eles são UM. Um não pode
operar em separado do outro. Se alguém tem verdadeiramente o Espírito de Deus,
terá a Palavra de Deus. É assim que foi com os profetas. Eles tinham o Espírito
de Deus habitando interiormente e a Palavra veio a eles. É assim que foi com
Jesus. Nele estava o Espírito sem medida e a Palavra veio a Ele. (Jesus
começou, não só a fazer, mas a ENSINAR. A Minha doutrina não é Minha, mas do
Pai que Me enviou. Atos 1:1; João 7:16.)
Recorde agora, João Batista não só foi o
profeta mas também o mensageiro de seus dias. Ele foi cheio do Espírito Santo
desde o ventre de sua mãe. Quando estava batizando no Jordão a Palavra de Deus
(Jesus) veio a ele. A Palavra sempre vem aos verdadeiramente cheios do
Espírito. Essa é a evidência de ser cheio do Espírito Santo. É essa que Jesus
disse que seria a evidência. Ele disse: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos enviará
outro Consolador, para que fique convosco para sempre. O Espírito de verdade,
que o mundo não pode receber.” Ora, nós sabemos o que é a Verdade. “A Tua
Palavra é a Verdade.” João 17:17b. Novamente em João 8:43: “Por que não
entendeis a Minha linguagem? por não poderdes ouvir a Minha Palavra.” Você notou
que Jesus disse que o mundo não poderia receber o Espírito Santo? Ora, neste
versículo que acabei de ler, tampouco poderiam receber a Palavra. Por quê?
Porque o Espírito e a Palavra são um, e se você tem o Espírito Santo como os
profetas, a Palavra viria a você. Você a receberia. Em João 14:26: “Mas aquele
Consolador, o Espírito Santo, Que o Pai enviará em Meu nome, Esse vos ENSINARÁ
todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” Aqui achamos
novamente a Palavra vindo por causa do Espírito de Deus. Novamente em João
16:13: “Mas, quando vier aquele Espírito de Verdade (a Palavra), Ele vos guiará
em toda a verdade, (a Tua Palavra é a verdade); porque não falará de Si Mesmo,
mas dirá (a Palavra) tudo o que tiver ouvido (a Palavra de Deus), e vos
anunciará o que há de vir.” (O Espírito trazendo a Palavra de Profecia). Quero
que você observe bem cuidadosamente que Jesus não disse que a evidência de ser batizado
com o Espírito Santo era falar em línguas, interpretar, profetizar, ou gritar e
dançar. Ele disse que a evidência seria que você estaria na VERDADE; você
estaria na Palavra de Deus para sua era. A evidência tem a ver com receber essa
Palavra.
Em I Cor. 14:37: “Se alguém cuida ser
profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos
do Senhor.” Agora veja isso. A prova do Espírito estar habitando interiormente
era reconhecer e SEGUIR o que o profeta de Deus dava para sua era enquanto
punha a igreja em ordem. Paulo teve que dizer àqueles que pretendiam ter outra revelação:
(versículo 36) “Porventura saiu dentre vós a Palavra de Deus? Ou veio ela somente
para vós?” A evidência de um crente cristão cheio do Espírito não é produzir a
verdade (a Palavra), mas receber a verdade (a Palavra), e crê-la e obedecêla.
Você notou em Apoc. 22:17? “E o Espírito e
a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem.” Veja, a esposa fala a mesma Palavra
que o Espírito fala. Ela é uma esposa Palavra provando que ela tem o Espírito. Em cada era da igreja ouvimos estas palavras: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” O Espírito dá
a Palavra. Se você tem o Espírito, você ouvirá a Palavra para sua era, assim como aqueles cristãos verdadeiros receberam
a Palavra para a sua era.
Você captou esse último pensamento?
Repito, cada era da igreja termina com a mesma admoestação. “Quem tem ouvidos, ouça
(um indivíduo) o que o Espírito diz às igrejas.” O Espírito dá a Palavra. Ele tem
a verdade para cada era. Cada era tem tido seus próprios eleitos, e esse grupo
eleito sempre ‘ouviu a palavra,’ e a recebeu, provando que tinham a Semente
neles. João 8:47: “Quem é de Deus, escuta as palavras de Deus; por isso vós não
as escutais, porque não sois de Deus.” Eles recusaram a Palavra (Jesus) e Suas
Palavras para os seus dias, porém a verdadeira semente recebeu a Palavra porque
eram de Deus. “E TODOS os Teus filhos serão discípulos do Senhor.” (Espírito
Santo) Is. 54:13. Jesus disse a mesma coisa em João 6:45. Ser UM COM A PALAVRA
prova se você é de Deus e cheio do Espírito. Não há outro critério.
Mas
o que são as línguas e interpretação e os outros dons? São manifestações. É
isso que a Palavra ensina. Leia-o em I Cor. 12:7: “Mas a MANIFESTAÇÃO do
Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” Então Paulo nomeia essas manifestações.
Agora surge esta pergunta muito boa que eu
sei que todos estão ansiosos por fazer. Por que a manifestação não é uma evidência
de ser batizado com o Espírito Santo, visto que certamente ninguém poderia
manifestar o Espírito Santo a menos que fosse verdadeiramente cheio do
Espírito? Ora, eu queria poder dizer que isso é correto, porque não gosto de
ferir as pessoas ou de pisar em suas doutrinas; mas eu não seria um verdadeiro
servo de Deus se não lhe declarasse todo o conselho de Deus. Isso é correto,
não é? Vamos simplesmente dar uma olhada em Balaão. Ele era religioso, ele
adorava a Deus. Ele conhecia o método próprio de sacrificar e se aproximar de Deus,
mas não era um profeta da Semente Verdadeira porque recebeu o prêmio da
injustiça, e pior ainda levou o povo de Deus aos pecados de fornicação e
idolatria. Todavia, quem se atreveria a negar que o Espírito de Deus
manifestou-se através dele numa das mais belas porções de profecia absolutamente
exata, que o mundo jamais viu? Mas ele nunca teve o Espírito Santo. Pois bem, o
que você acha de Caifás, o sumo sacerdote? A Bíblia diz que ele profetizou o
tipo de morte com que o Senhor havia de morrer. Todos nós sabemos que não há nenhum
registro dele sendo um homem cheio do Espírito e guiado pelo Espírito como o
prezado velho Simeão e a querida santa chamada Ana. Todavia ele teve uma
genuína manifestação do Espírito Santo. Não podemos negar isso. Portanto, onde
fica a manifestação como evidência? Não está aí. Se você é verdadeiramente
cheio do Espírito de Deus, terá a evidência da PALAVRA em sua vida.
Deixe-me lhe mostrar quão profundamente eu
sinto e compreendo esta verdade por uma revelação que Deus me deu. Agora, antes
de contá-la, quero dizer isto. Muitos de vocês crêem que eu sou um profeta. Eu
não digo que sou. Vocês o dizem. Mas ambos sabemos que as visões que Deus me dá
NUNCA FALHAM. NEM UMA VEZ. Se alguém pode provar que uma visão já falhou, eu
quero saber a respeito disso. Já que você me acompanhou até aqui, eis a minha
história.
Há muitos anos atrás, quando pela primeira
vez deparei com o povo pentecostal, eu estava numa de suas reuniões de campanha
onde havia muita manifestação de línguas, interpretação de línguas, e profecia.
Dois pregadores, em particular, estavam empenhados neste tipo de falar mais do que
qualquer um dos outros irmãos. Eu apreciei profundamente os cultos e estava
verdadeiramente interessado nas várias manifestações, por que havia um tom de
realidade nelas. Era meu desejo sincero aprender tudo que pudesse acerca destes
dons, e assim decidi falar sobre eles com os dois homens. Através do dom de
Deus em mim residente, procurei conhecer o espírito do primeiro homem, se ele
verdadeiramente era de Deus ou não. Após uma breve conversa com aquele dócil e
humilde irmão, eu soube que ele era um genuíno e sólido cristão. Ele era
autêntico. O jovem seguinte não era de maneira nenhuma como o primeiro. Era
jactancioso e orgulhoso, e enquanto falava com ele uma visão cruzou diante de
meus olhos e vi que ele era casado com uma senhora loira, mas estava vivendo
com uma morena e tinha dois filhos com ela. Se alguma vez houve um hipócrita,
ele era um.
Agora deixe-me lhe dizer que, eu fiquei
chocado. Como não podia ficar? Aqui estavam dois homens, um dos quais era um
verdadeiro crente e o outro era um personificador pecaminoso. TODAVIA AMBOS
ESTAVAM MANIFESTANDO DONS DO ESPÍRITO. Eu fiquei perturbado por causa desta
confusão. Deixei a reunião para buscar a Deus e obter a resposta. Eu fui
sozinho a um lugar secreto e ali com minha Bíblia orei e esperei em Deus pela resposta.
Não sabendo exatamente que porção da Escritura ler, abri casualmente a Bíblia
em algum lugar em Mateus. Li por algum tempo e depois encostei a Bíblia. Logo
um vento soprou no aposento e virou as páginas da Bíblia até Hebreus, capítulo
seis. Eu o li completamente e fiquei particularmente impressionado com aqueles
estranhos versículos, Heb. 6:4-9: “Porque é impossível que os que já uma vez
foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito
Santo, e provaram a boa Palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e
recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles,
de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. Porque a terra que
embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles
por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos, é reprovada,
e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. Mas de vós, ó amados,
esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim
falamos.”
Eu fechei a Bíblia, encostei-a, e meditei
por algum tempo e orei um pouco mais. Eu ainda não tinha nenhuma resposta. Novamente
abri a Bíblia a esmo mas não li. De repente o vento soprou novamente no
aposento, e uma vez mais as páginas viraram até Hebreus seis e permaneceram ali
quando o vento cessou. Eu li todas aquelas palavras novamente, e quando o fiz, então
o Espírito do Senhor entrou no aposento e tive uma visão. Na visão vi um homem
vestido do mais puro branco que saía em um campo recentemente arado e semeava
grão. Era um dia claro, e a semeadura foi feita pela manhã. Porém tarde da noite,
depois que o semeador de branco se fora, veio um homem de preto e furtivamente
semeou mais um pouco de semente entre aquela que o homem de branco tinha
semeado. Passaramse os dias _ o sol e a chuva abençoaram o solo; e um dia eis
que apareceu o grão. Como era bonito. Porém um dia depois apareceu o joio.
O trigo e o joio cresceram juntos. Eles
compartilharam do mesmo alimento proveniente do mesmo solo. Eles absorveram do
mesmo sol e chuva.
Então um dia os céus tornaram-se brônzeos,
e todas as plantas começaram a curvar-se e a morrer. Eu ouvia o trigo levantar
sua cabeça e clamar a Deus por chuva. O joio também levantava sua voz e
implorava por chuva. Então os céus escureceram e a chuva veio, e novamente o
trigo, agora cheio de força, levantou sua voz e clamou em adoração: “Louvado seja
o Senhor.” E para surpresa minha, ouvi o joio reanimado olhar para cima e
dizer: “Aleluia!”
Então eu soube a verdade sobre a reunião
de campanha e a visão. A parábola do Semeador e a Semente, o sexto capítulo de
Hebreus, e a evidente manifestação dos dons espirituais numa audiência mista _
tudo tornou-se maravilhosamente claro. O semeador de branco era o Senhor. O semeador
de preto era o diabo. O mundo era o campo. As sementes eram pessoas, eleitos e
réprobos. Ambos compartilhavam do mesmo alimento, água e sol. Ambos oravam.
Ambos recebiam ajuda de Deus, porque Ele faz que o Seu sol e chuva caiam tanto
sobre bons como maus. E embora ambos tivessem a mesma bênção maravilhosa e
ambos tivessem as mesmas manifestações maravilhosas, AINDA HAVIA ESSA GRANDE
DIFERENÇA: ELES ERAM DE SEMENTES DIFERENTES.
Aqui também estava a resposta para Mateus
7:21-23: “Nem todo que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de Meu Pai, Que está nos céus. Muitos Me dirão naquele
dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? e em Teu Nome não expulsamos
demônios? e em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a
iniqüidade.” Jesus não nega que eles fizeram maravilhas que somente o Espírito
Santo pode realizar por meio de homens. Porém Ele realmente negou tê-los conhecido algum dia. Estes não eram apóstatas. Eram ímpios, irregenerados,
réprobos. Estes eram a semente de Satanás.
E aí está. NÃO SE PODE sustentar que a
manifestação seja a evidência de ser nascido do Espírito, ser cheio do
Espírito. Não senhor. Eu admitirei que a verdadeira manifestação é a evidência
do Espírito Santo fazendo proezas, porém NÃO é a evidência de um indivíduo ser
cheio do Espírito, mesmo que esse indivíduo tenha abundância dessas
manifestações.
A evidência de receber o Espírito Santo
hoje é exatamente a mesma que foi nos dias de nosso Senhor. É receber a Palavra
da verdade para o dia em que você vive. Jesus realmente nunca enfatizou a
importância das Obras, como ele fez com a Palavra. Ele sabia que se as pessoas
recebessem a PALAVRA as obras seguiriam. Isso é Bíblia.
Ora, Jesus sabia que haveria um terrível
desvio da Palavra na Era de Pérgamo que até então estava a duzentos anos da visão
de Patmos. Ele sabia que esse desvio os faria entrar na Idade Média. Ele sabia
que a maneira pela qual o homem originalmente se afastou de Deus foi por
primeiro deixar a Palavra. Se você deixa essa Palavra, você deixou a Deus.
Assim Ele está Se apresentando à igreja de Pérgamo, e em verdade a todas as
igrejas de todas as eras: “Eu sou a Palavra. Se vós quereis a Deidade em vosso
meio, então dai boas-vindas e recebei a Palavra. Jamais permiti que alguém ou
qualquer coisa ficasse entre vós e essa Palavra. Isto que Eu vos estou dando (a
Palavra) é uma revelação de Mim Mesmo. EU SOU A PALAVRA. Lembrai-vos disso!”
Eu me pergunto se estamos suficientemente
impressionados com a Palavra em nosso meio. Deixe-me lhe passar um pensamento
aqui. Como é que oramos? Nós oramos em Nome de Jesus, não é? Toda oração é em
Seu Nome, ou não há nenhuma resposta. Todavia em I João 5:14 nos é dito: “E
esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua
vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos,
sabemos que alcançamos as petições que Lhe fizemos.” Agora perguntamos: “Qual é
a vontade de Deus?” Só há UMA MANEIRA de saber Sua vontade e é através da
PALAVRA DE DEUS. Lam. 3:37: “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o
Senhor o não mande?” Aí está. Se não está na Palavra você não pode alcançá-lo. Portanto
não podemos pedir a menos que esteja na Palavra, e não podemos rogar ou pedir a
menos que seja em Seu Nome. Aí está novamente. JESUS (o Nome) é a PALAVRA (vontade).
Não se pode separar Deus e a Palavra. Eles são UM.
Pois bem, esta Palavra que Ele deixou em
página impressa é uma parte Dele quando por fé você a aceita em uma vida cheia
do Espírito. Ele disse que Sua Palavra era vida. João 6:63b. Mas isso é
exatamente o que Ele é; João 14:6: “Eu sou o Caminho, e a Verdade e a Vida.”
Rom. 8:9b: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é Dele.” Aí
está, Ele é Espírito e Ele é Vida. Isso é exatamente o que a Palavra é; isso é
exatamente o que Jesus é. Ele é a Palavra. Assim quando um homem nascido do
Espírito, cheio do Espírito, em fé toma essa Palavra em seu coração e a coloca
sobre seus lábios, ora, isso é o mesmo que a Deidade falando. Toda montanha tem
que se mover. Satanás não pode permanecer diante desse homem.
Se a igreja, lá atrás naquela terceira era
tivesse apenas se agarrado à revelação da Palavra viva em seu meio, o poder de Deus
não teria pouco a pouco desaparecido, como aconteceu naquela tenebrosa Idade
Média. E hoje mesmo, considerando que a igreja retorne em fé à Palavra, podemos
dizer sem dúvida que a glória e as maravilhas de Deus estarão novamente em seu meio.
Uma noite enquanto eu estava buscando ao
Senhor, o Espírito Santo me falou para apanhar a minha caneta e escrever.
Enquanto eu apanhava a caneta para escrever, Seu Espírito deu-me uma mensagem
para a igreja. Eu desejo trazêla a vocês. . .Tem a ver com a Palavra e com a
noiva.
Aqui está o que
eu estou tentando lhes dizer. A lei de reprodução é que cada espécie produza
segundo a sua própria espécie, de acordo com Gên. 1:11: “E disse Deus: Produza
a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo
a sua espécie, cuja semente esteja nela sobre a terra. E assim foi.” Qualquer
que fosse a vida que estivesse na semente saía na planta e depois disso no
fruto. A mesmíssima lei se aplica à igreja hoje. Qualquer que seja a semente
que deu inicio à igreja, sairá e será como a semente original porque é a mesma
semente. Nestes últimos dias a verdadeira Igreja Noiva (a semente de Cristo)
chegará à Pedra de Cabeça, e ela será a super igreja, uma super raça, à medida
que se aproxima Dele. Na noiva eles serão tão semelhantes a Ele que até mesmo
serão à Sua própria imagem. Isto acontece para que sejam unificados com Ele.
Eles serão um. Eles serão a própria manifestação da Palavra do Deus vivo. As
denominações (a semente errada) não podem produzir isto. Elas produzirão seus
credos e seus dogmas, misturados com a Palavra. Esta mestiçagem dá origem a um
produto híbrido.
O primeiro filho
(Adão) foi a Palavra-semente de Deus falada. Foi-lhe dada uma noiva para se
reproduzir. É por isso que a noiva lhe foi dada, para se reproduzir; para
produzir um outro filho de Deus. Porém ela caiu. Ela caiu por meio da hibridização.
Ela o fez morrer.
Ao segundo Filho
(Jesus), também uma Palavra-Semente de Deus falada, foi dada uma noiva como foi
a Adão. Porém antes que Ele pudesse desposá-la, ela também caiu. Ela, do mesmo modo
que a esposa de Adão, foi posta à prova para ver se creria na Palavra de Deus e
viveria, ou então duvidaria da Palavra e morreria. Ela duvidou. Ela deixou a
Palavra. Ela morreu.
Deus presenteará
Cristo com uma noiva querida, proveniente de um pequeno grupo da verdadeira
semente da Palavra. Ela é uma virgem de Sua Palavra. Ela é uma virgem porque
não conhece nenhum credo ou dogma feito pelo homem. Pelos membros da noiva e
através deles será cumprido tudo o que Deus prometeu ser manifestado na virgem.
A palavra de
promessa veio à virgem Maria. Mas essa Palavra de promessa era para Ele Mesmo
ser manifestado. Deus foi manifestado. Ele Mesmo agiu naquela ocasião e cumpriu
Sua própria Palavra de promessa na virgem. Fora um anjo que lhe trouxera a
mensagem. Mas a mensagem do anjo era a Palavra de Deus. Isa. 9:6. Ele cumpriu,
naquela ocasião, tudo que estava escrito Dele porque ela aceitou a Palavra Dele
para si.
Os membros da
noiva virgem O amarão, e terão os potenciais Dele, pois Ele é a cabeça deles, e
todo o poder pertence a Ele. Eles são sujeitos a Ele, assim como os membros de
nosso corpo são sujeitos à nossa cabeça.
Notem a harmonia
do Pai e do Filho. Jesus nunca fez nada sem que primeiro Lhe fosse mostrado
pelo Pai. João 5:19. Esta harmonia deve agora existir entre o Noivo e Sua
noiva. Ele lhe mostra Sua Palavra de vida. Ela a recebe. Ele nunca duvida dela.
Portanto, nada lhe pode causar dano, nem mesmo a morte. Porque se a semente for
plantada, a água a levantará novamente. Eis aqui o segredo disto. A Palavra
está na noiva (como estava em Maria). A noiva tem a mente de Cristo porque ela
sabe o que Ele quer que seja feito com a Palavra. Ela cumpre a ordem da Palavra
em Seu nome porque tem o “assim diz o Senhor.” Então a Palavra é vivificada
pelo Espírito e acontece. Assim como uma semente que é plantada e aguada, ela
chega à plena colheita, servindo ao seu propósito.
Os que estão na
noiva fazem somente a vontade Dele. Ninguém pode fazê-los agir de outra
maneira. Eles têm o ‘assim diz o Senhor’ ou se mantêm calados. Eles sabem que
tem que ser Deus neles fazendo as obras, cumprindo Sua própria Palavra. Ele não
completou toda Sua obra durante Seu ministério terreno, portanto agora Ele
opera na noiva e através dela. Ela sabe disso, porque não era tempo ainda Dele
fazer certas coisas que Ele deve fazer agora. Porém agora Ele cumprirá através
da noiva essa obra que Ele deixou para este tempo específico. Agora vamos
permanecer firmes como Josué e Calebe. Nossa terra prometida está se tornando
visível assim como a deles. Agora, Josué significa “Jeová-Salvador”, e ele
representa o líder do tempo do fim que virá para a igreja assim como Paulo veio
no papel de líder original. Calebe representa aqueles que permaneceram fiéis
com Josué. Lembrem-se, Deus iniciara Israel como uma virgem com Sua Palavra.
Mas eles quiseram algo diferente. Assim fez a igreja do último dia. Notem como Deus
não moveu Israel, ou deixou-o entrar na terra prometida até que fosse o Seu
próprio tempo designado. Ora, pode ser que o povo tenha pressionado Josué, o
líder, e dito: “A terra é nossa, vamos avançar e tomá-la. Josué, você está
totalmente acabado, você deve ter perdido sua comissão, você não tem o poder
que costumava ter. Você costumava ouvir de Deus e conhecer a vontade de Deus, e
agir rapidamente. Algo está errado com você.” Porém Josué era um profeta
enviado de Deus e conhecia as promessas de Deus, portanto ele esperou por elas.
Ele esperou por uma decisão bem clara de Deus e quando chegou o tempo de se
moverem, Deus colocou a plena liderança nas mãos de Josué porque ele
permanecera com a Palavra. Deus podia confiar em Josué, mas não nos outros.
Assim isto se repetirá neste dia final. O mesmo problema, as mesmas pressões.
Tomemos o
exemplo que vemos em Moisés. Este profeta de Deus poderosamente ungido teve um
nascimento peculiar, havendo nascido no tempo certo para libertar do Egito a descendência
de Abraão. Ele de modo nenhum ficou no Egito para discutir as Escrituras com
eles, nem perturbar os sacerdotes. Ele foi para o deserto até que o povo
estivesse pronto para recebê-lo. Deus chamou Moisés ao deserto. A espera não
foi da parte de Moisés mas por causa do povo que não estava pronto para
recebê-lo. Moisés pensou que o povo compreenderia mas eles não compreenderam.
Então aí está
Elias a quem veio a Palavra do Senhor. Quando ele terminou de pregar a verdade
e aquele grupo ali no passado, que é o precursor do grupo da Jezabel americana,
não recebia a Palavra, Deus o afastou do campo e flagelou aquela geração por
ter rejeitado o profeta e a mensagem que Deus dera. Deus o chamou ao deserto e
ele não saía nem mesmo para o rei. Aqueles que tentaram persuadi-lo a fazer
assim, morreram. Porém Deus falou ao Seu fiel profeta por visão. Ele saiu do
esconderijo e trouxe de volta a Palavra a Israel.
Então veio João
Batista, o fiel precursor de Cristo, o poderoso profeta para o seu dia. Ele não
foi à escola de seu pai, nem à escola dos fariseus _ ele não foi a nenhuma denominação,
porém saiu ao deserto, chamado ali por Deus. Lá ele permaneceu até que o Senhor
o enviou com a mensagem, clamando: ‘O Messias está próximo.’
Agora vamos
tomar uma advertência escriturística aqui. Não foi nos dias de Moisés, a quem
Deus tinha vindicado, que se levantou Coré e resistiu a esse poderoso profeta?
Ele disputou com Moisés e alegou que tinha o mesmo de Deus para guiar o povo e
que outros participavam da revelação divina tanto quanto Moisés. Ele negou a
autoridade de Moisés. Ora, as pessoas lá no passado, depois de ouvirem a
verdadeira Palavra e estarem bem familiarizadas com o fato de que um verdadeiro
profeta fora vindicado por Deus, digo, essas pessoas se deixaram seduzir por
Coré e suas contradições. Coré não era um profeta escriturístico, porém as
pessoas em grandes números, com seus líderes, foram atraídas por ele. Quão semelhante
aos evangelistas de hoje com seus planos de bezerros de ouro como os de Coré.
Eles parecem bons ao povo, assim como Coré parecia bom então. Eles têm sangue
em suas frontes, óleo em suas mãos e bolas de fogo na plataforma. Eles permitem
que mulheres sejam pregadoras, deixam as mulheres cortar seus cabelos, usar
calças compridas e shorts, e se desviam da Palavra de Deus por causa de seus
próprios credos e dogmas. Isso mostra que espécie de semente está neles. Porém nem
todas as pessoas viraram-se contra Moisés e deixaram a Palavra de Deus. Não. Os
eleitos permaneceram com ele. O mesmo está acontecendo hoje novamente. Muitos
estão deixando a Palavra, porém alguns permanecem com ela. Mas recordem da
parábola do trigo e o joio. O joio tem que ser atado para ser queimado. Estas
igrejas apóstatas estão se ligando juntamente, cada vez mais próximas umas das
outras, prontas para o fogo do juízo de Deus. Porém o trigo vai ser recolhido
ao Mestre.
Agora eu quero
que vocês sejam bem cuidadosos aqui e vejam isto. Deus prometeu que no tempo do
fim Malaquias 4 se cumprirá. Tem que se cumprir porque é a Palavra de Deus falada
pelo profeta Malaquias, vivificada pelo Espírito. Jesus se referiu a isto.
Ocorre um pouco antes de Cristo vir a segunda vez. Por volta do tempo em que
Jesus vem toda a Escritura tem que se cumprir. A dispensação gentia estará em
sua última era da igreja quando esse mensageiro de Malaquias vier. Ele estará certo
com a Palavra. Ele tomará toda a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Ele
começará com a semente da serpente e prosseguirá até o mensageiro da chuva
serôdia. Porém ele será rejeitado pelas denominações.
Ele tem que ser,
porque é a história se repetindo desde o tempo de Acabe. A história de Israel
sob Acabe está acontecendo bem aqui na América onde o profeta de Malaquias aparece.
Assim como Israel deixou o Egito para adorar em liberdade, expulsou os nativos,levantou
uma nação com grandes líderes como Davi, etc., e depois pôs sobre o trono um Acabe
com uma Jezabel por detrás dele para comandar, assim fizemos da mesma maneira
na América. Nossos antepassados partiram para esta terra para adorar e viver em
liberdade. Eles rechaçaram os nativos e tomaram posse da terra. Homens poderosos
como Washington e Lincoln se levantaram, porém após algum tempo outros homens
de um calibre tão pobre sucederam estes homens dignos, que logo um Acabe foi
posto na cadeira presidencial com uma Jezabel por detrás dele para dirigi-lo. É
num tempo como este que o mensageiro de Malaquias deve vir. Então na chuva
serôdia virá um confronto como o do Monte Carmelo. Agora observem isto cuidadosamente
para vê-lo na Palavra. João foi o precursor de Malaquias 3. Ele semeou a chuva
temporã e foi rejeitado pelas organizações de seu dia. Jesus veio e teve um
confronto no Monte da Transfiguração. O segundo precursor de Cristo semeará
para a chuva serôdia. Jesus será o confronto com as denominações e credos, pois
Ele virá para sustentar Sua Palavra e levar Sua noiva no arrebatamento. O
primeiro confronto foi no Monte Carmelo; o segundo foi no Monte da Transfiguração,
e o terceiro será no Monte Sião.
O estranho
comportamento de Moisés, Elias, e João retirando-se do meio do povo para o
isolamento deixou muita gente confusa. Eles não compreenderam que era porque
suas mensagens tinham sido rejeitadas. Porém a semente fora semeada, e o
plantio tinha terminado. O juízo era o passo seguinte. Eles tinham servido a
seus propósitos como um sinal às pessoas, portanto o juízo era o passo
seguinte.
Eu creio que de
acordo com Apoc. 13:16 a noiva terá que parar de pregar porque a besta exige a
marca na mão ou na testa, caso a permissão para pregar seja concedida. As denominações
receberão a marca, ou serão forçadas a parar de pregar. Então o Cordeiro virá
para Sua noiva e julgará a grande prostituta.
Agora recordem
que Moisés nasceu para uma determinada obra, porém ele não podia fazer essa
obra até que tivesse recebido os dons que o capacitariam a fazer o trabalho.
Ele teve que sair ao deserto e esperar ali; Deus tinha um tempo designado.
Havia de ser um certo Faraó no trono, e o povo tinha que estar clamando pelo
pão da vida, antes que Deus pudesse enviá-lo de volta. Isto é verdade para o
nosso dia.
Porém o que
temos neste nosso dia? Multidões estão operando sinais a ponto de termos uma
geração de buscadores de sinais que sabem pouco ou nada acerca da Palavra, ou
de um verdadeiro movimento do Espírito de Deus. Se vêem sangue, azeite e fogo
eles ficam felizes; não importa o que esteja na Palavra. Eles sustentarão
qualquer sinal, até mesmo os inescriturísticos. Porém Deus nos advertiu a
respeito disso. Ele disse em Mateus 24 que nos últimos dias os dois espíritos seriam
tão parecidos que somente os escolhidos poderiam distingui-los, porque só eles
não seriam enganados.
Como se pode
distinguir os espíritos? Simplesmente dêemlhes o teste da Palavra. Se eles não
falam essa Palavra, eles são do maligno. Assim como o maligno enganou as duas
primeiras noivas, ele tentará enganar a noiva deste último dia, procurando
fazê-la se hibridizar através de credos, ou simplesmente desviando-se da
Palavra para qualquer sinal que a satisfaça. Mas Deus nunca colocou os sinais à
frente da Palavra. Os sinais seguem a Palavra, como quando Elias disse à mulher
para coser um bolo para ele primeiro, de acordo com a Palavra do Senhor. Quando
ela fez conforme a Palavra dissera, o sinal apropriado veio. Venham para a
Palavra primeiro e depois observem o milagre. A Palavra semente é energizada
pelo Espírito.
Como pode
qualquer mensageiro enviado de Deus crer somente numa parte da Palavra e negar
parte dela? O verdadeiro profeta de Deus neste último dia proclamará toda a Palavra.
As denominações o odiarão. Suas palavras podem ser tão ásperas quanto as de
João Batista que os chamava de víboras. Mas os predestinados ouvirão e estarão
prontos para o arrebatamento. A Descendência Real de Abraão, com fé como a de
Abraão se agarrará à Palavra com ele, pois eles são juntamente predestinados.
O mensageiro do
último dia aparecerá no tempo designado por Deus. É o tempo do fim agora, como
todos sabem, pois Israel está em sua pátria. A qualquer hora agora ele virá de
acordo com Malaquias. Quando nós o virmos, ele será dedicado à Palavra. Ele
estará indicado (mostrado na Palavra. Apoc. 10:7.) e Deus vindicará seu
ministério. Ele pregará a verdade assim como fez Elias e estará pronto para o
confronto do Monte Sião.
Muitos o
compreenderão mal porque têm sido instruídos nas Escrituras de certa maneira
que eles consideram verdade. Quando ele vier contra isso, eles não crerão. Até
mesmo alguns verdadeiros ministros compreenderão mal o mensageiro porque tanta
coisa tem sido chamada de verdade de Deus por enganadores.
Mas este profeta
virá, e assim como o precursor da primeira vinda clamou: “Eis o Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo,” sem dúvida ele assim também clamará: “Eis o
Cordeiro de Deus vindo em glória.” Ele fará isto, pois assim como João foi o
mensageiro da verdade para os eleitos, assim é este, o último mensageiro para a
noiva eleita e nascida da Palavra.
CRISTO
ELOGIA A IGREJA
Apoc. 2:13: “Eu sei as tuas obras, e onde
habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o Meu Nome, e não negaste
Minha fé, ainda nos dias de Antipas Minha fiel testemunha, o qual foi morto
entre vós, onde Satanás habita.”
“Eu sei as tuas
obras.” Estas são as mesmas palavras proferidas
a cada um dos sete mensageiros, relativamente ao povo de Deus em cada era.
Visto que são faladas às duas vinhas (a verdadeira e a falsa) elas trarão gozo
e alegria aos corações de um grupo, porém devem infundir terror nos corações do
outro. Porque embora sejamos salvos pela graça, em separado das obras, a
verdadeira salvação produzirá obras, ou feitos que agradarão a Deus. I João
3:7: “Filhinhos, ninguém vos engane. Quem PRATICA (obra) justiça é justo, assim
como Ele é justo.” Se de algum modo este versículo significa alguma coisa, significa
que o homem É o que ele PRATICA. Tiago 3:11: “Porventura deita alguma fonte de
um mesmo manancial água doce e água amargosa?” Rom. 6:2: “Nós, que estamos
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” Mat. 12:33-35: “Ou fazei a
árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque
pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis vós dizer boas
coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca.
O homem bom tira boas coisas do seu bom tesouro, e o homem mau do mau tesouro
tira coisas más.” Ora se um homem é nascido da Palavra (Sendo de novo gerado, não
de semente corruptível, mas da incorruptível, pela Palavra de Deus, viva, e que
permanece para sempre. I Ped. 1:23) ele produzirá a Palavra. O fruto ou obras
de sua vida serão um produto da espécie de semente ou vida que está nela. Suas
obras, portanto, serão escriturísticas. Oh, que acusação esta verdade vai ser contra
a era de Pérgamo. Lá está aquele Incomparável, e em Sua mão a espada aguda de
dois fios, a Palavra de Deus. E essa Palavra nos julgará no último dia. Na
realidade a Palavra está julgando agora mesmo, porque ela é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração. Ela separa o carnal do espiritual. Ela
nos faz epístolas vivas lidas e conhecidas por todos os homens para a glória de
Deus.
“Eu sei as tuas
obras.” Se um homem teme que possa não agradar
a Deus, então que ele cumpra a Palavra. Se um homem tem dúvida se ouvirá essas
palavras: “Bem está, servo bom e fiel,” que ele cumpra a Palavra de Deus em sua
vida, e seguramente ouvirá essas palavras de louvor. A Palavra da verdade era o
critério naquele tempo; ela é o critério agora. Não há outro padrão; não há
outra linha de prumo. Assim como o mundo vai ser julgado por um só, Cristo
Jesus, assim também ele vai ser julgado pela Palavra. Se alguém deseja saber
como está se saindo, que faça como Tiago sugeriu: “Olhe no espelho da Palavra
de Deus.”
“Eu sei as tuas
obras.” Enquanto Ele estava ali com a Palavra,
examinando suas vidas à luz do plano que ele traçara para eles, Ele deve ter se
agradado sobremaneira, porque eles, como os outros que tinham passado antes,
estavam suportando com paciência a perseguição dos injustos e ainda assim mantendo-se
com gozo fiéis ao Senhor. Embora às vezes fosse difícil servir ao Senhor,
todavia eles O serviam e O adoravam em Espírito e em verdade. Porém com a falsa
vinha não era assim. Ai! eles tinham repudiado a vida que é edificada sobre a Palavra
e agora estavam se afastando cada vez mais da verdade. Suas ações davam
testemunho das profundezas em que tinham se afundado.
RETÉNS O
MEU NOME
“Para quem iremos nós? Tu tens as palavras
da vida eterna!” Eles retiveram naquele tempo; eles estavam retendo agora,
porém não com medo fatalista como homens que vivem vidas estéreis. Eles estavam
retendo em Sua força, na segurança do Espírito de que eles eram um Nele. Eles
tinham convicção do perdão de seus pecados e carregavam o nome de ‘cristão’ em
testemunho disso. Eles conheciam e amavam esse Nome que estava acima de todo
nome. Seus joelhos tinham-se dobrado a esse Nome. Suas línguas tinham confessado
a ele. Tudo o que faziam, o faziam no Nome do Senhor Jesus. Eles tinham
proferido esse Nome e se apartado do mal, e tendo tomado sua posição eles
estavam agora preparados para morrer por esse Nome, estando seguros de uma
melhor ressurreição.
Leva tu contigo o Nome
De Jesus o Salvador.
Este Nome dá conforto
Seja no lugar que for.
Nome bom, doce à fé,
A esperança do porvir.
Já no segundo século essas palavras “Pai,
Filho e Espírito Santo” significavam ‘Trindade’ para muitos, e a idéia
politeísta de três deuses se tornara uma doutrina na falsa igreja. Não demoraria
muito até que o Nome fosse tirado, como de fato foi nesta era, e em seu lugar
os títulos do ÚNICO GRANDE DEUS substituiriam o NOME, Senhor Jesus Cristo.
Enquanto a multidão se apostatava e abraçava a trindade e batizava usando os
títulos da Divindade, o Pequeno Rebanho ainda batizava no Nome de Jesus Cristo
e assim mantinha-se fiel à verdade.
Com tantos desonrando a Deus, convertendo-O
em três deuses, e trocando Seu afável Nome por títulos, alguém poderia pensar
se os sinais e prodígios que acompanham um tão grande Nome ainda estariam
ocorrendo no meio do povo. Realmente esses sinais foram poderosa e
maravilhosamente manifestados, embora certamente não na falsa vinha. Homens como
Martin foram grandemente usados e Deus testificou com eles por sinais e
milagres e dons do Espírito Santo. Esse Nome ainda era eficaz como sempre foi e
sempre será onde os santos O honram através da Palavra e da fé.
NÃO
NEGASTE A MINHA FÉ
Em
Atos 3:16 quando Pedro foi interrogado sobre como acontecera o poderoso milagre
com o coxo à Porta Formosa, ele explicou desta forma: “E pela fé no Seu (Jesus)
Nome fez o Seu (Jesus) Nome fortalecer a este (outrora coxo) que vedes e conheceis;
e a fé que é por (proveniente de) Ele (Jesus) deu a este (o homem), na presença
de todos vós, esta perfeita saúde.” Veja, aí está. O Nome de Jesus, e a fé de
Jesus produziram o milagre. Pedro não alegou que fosse sua própria fé humana, não
mais do que alegou que fosse seu próprio nome. Ele disse que o Nome de Jesus
usado na fé que é proveniente de Jesus realizou aquela grande obra. É a
respeito desta fé que o Senhor estava falando em Apoc. 2:13. Era a fé DELE. Não
era a fé NELE. Porém era a SUA PRÓPRIA fé que
Ele tinha dado aos crentes. Rom. 12:3: “Conforme a medida da fé que Deus repartiu a
cada um (segundo o versículo 1, os homens são IRMÃOS).” Ef. 2:8: “Pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto (a Fé) não vem de vós; é dom de Deus.” E
também diz em Tiago 2:1: “Meus irmãos (note que ele, também, está falando a IRMÃOS),
não tenhais a fé DE (não em) nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em
acepção de pessoas.”
Nesta Era de Pérgamo onde os homens
estavam humanizando a salvação, tendo-se desviado da verdade que “Do Senhor vem
a salvação,” _ tendo deixado de lado a doutrina da eleição e escancarado a
porta da igreja e do seu companheirismo a qualquer um que apoiasse seus
princípios (esqueça a Palavra), nesta era de rápida degradação, ainda havia uma
minoria que tinha a medida daquela fé de nosso Senhor Jesus Cristo, e não
apenas usaram essa fé em atos de poder, porém resistiram aos que ousavam dizer
que eram salvos simplesmente por se unirem a uma igreja. Eles sabiam que
ninguém podia verdadeiramente crer para a vida eterna e a justiça de Deus em
separado da medida da fé do Próprio Senhor Jesus. Assim como a igreja de hoje
está cheia de crentes mentais que aprovam o nascimento virginal, o sangue derramado,
indo à igreja e tomando a comunhão, e de maneira nenhuma são renascidos, assim
também naquela terceira era existia o mesmo problema. A fé humana não era
suficiente naquele tempo e não é suficiente agora. É necessário que a própria
fé do Filho de Deus se derrame dentro do coração de um homem de maneira que ele
possa receber o Senhor da glória no templo não feito por mãos.
Esta era uma fé viva. “Vivo na fé do Filho
de Deus.” Paulo não disse que vivia pela fé NO Filho de Deus. Era a fé do Filho
de Deus que lhe dera vida e o mantinha vivendo em vitória cristã.
Não, eles não negaram que a salvação era
sobrenatural do princípio ao fim. Eles mantiveram viva a verdade de Seu Nome e
Sua Fé e foram abençoados pelo Senhor e considerados dignos Dele.
ANTIPAS,
MINHA FIEL TESTEMUNHA
Não há nenhum outro registro na Palavra ou
em qualquer história profana com referência a este irmão. Mas certamente não
precisa haver. É mais do que suficiente que ele fosse préconhecido e conhecido
do Senhor. É mais do que suficiente ver sua fidelidade ao Senhor registrada na
Palavra viva. Ele era um cristão. Ele tinha o Nome de Jesus. Ele tinha a fé de
nosso Senhor Jesus Cristo e estava entre os que viviam dela. Ele tinha
respondido às palavras de Tiago: “Não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo
em acepção de pessoas.” Cheio do Espírito Santo e de fé como foi Estêvão, ele
não fazia acepção de ninguém, não temia ninguém; e quando a morte foi sentenciada
sobre todos os que tomavam aquele Nome e andavam na fé de Jesus Cristo ele
tomou seu lugar com os que não voltavam atrás. Sim, ele morreu, porém como
Abel, ele obteve um testemunho de Deus (seu nome está escrito na Palavra), e
embora morto, sua voz ainda fala nas páginas do Registro Divino de Deus. Outro
mártir fiel era levado ao seu repouso. Porém Satanás não triunfou nessa
ocasião, assim como não triunfou quando matou o Príncipe da Paz, porque assim
como Satanás foi despojado na cruz, assim também agora o sangue de Antipas
clamará a centenas mais que tomarão suas cruzes e O seguirão.
ONDE ESTÁ
O TRONO DE SATANÁS
A razão pela qual isto faz parte do elogio
do Espírito é porque estes bravos soldados da cruz estavam vencendo Satanás bem
no meio de seu próprio lugar do trono. Eles estavam vencendo a batalha através
do Nome e da Fé de Jesus, bem no campo dos líderes das trevas. Que tremendo
elogio. Como os poderosos homens de Davi que invadiram o acampamento do inimigo
para trazer a Davi água para matar a sede, assim estes gigantes da fé invadiram
o reino da fortaleza terrena de Satanás, e pregando e exortando trouxeram a
água de salvação aos que viviam sob a sombra da morte.
Agora, por mais que estas palavras
referentes ao trono e ao reino de Satanás façam parte do louvor de Deus aos
Seus escolhidos, elas realmente estabelecem o panorama para a denúncia do mal
que ganhava supremacia na igreja.
PÉRGAMO: Trono e
Lugar de Habitação de Satanás. Para muitos,
estas frases têm sido meramente pictóricas em vez de verdadeiramente
históricas. Porém elas são certamente reais e a história dá pleno testemunho
disso. Pérgamo foi realmente o trono e o lugar de habitação de Satanás. Isto
aconteceu assim:
Pérgamo não era originalmente o lugar onde
Satanás (quanto a assuntos humanos) habitava. Babilônia sempre tem sido literal
e figurativamente o seu quartel-general. Foi na cidade de Babilônia que a
adoração satânica teve sua origem. Gên. 10:8-10: “E Cusi gerou a Ninrode; este
começou a ser poderoso na terra. E este foi poderoso caçador diante da face do
Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. E o
princípio do seu reino foi Babel, e Ereque, e Acade, e Calné, na terra de
Sinar.” Gên. 11:1-9: “E era toda a terra duma mesma língua, e duma mesma fala.
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e
habitaram ali. E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos, e queimemo-los
bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal. E disseram: Eia,
edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamonos um
nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Então
desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens
edificavam; e disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto
é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem
fazer. Eia, desçamos, e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a
língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra;
e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto
ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor
sobre a face de toda a terra.”
Babel é o nome original de Babilônia.
Significa confusão. Ela foi literalmente começada por Cusi, o filho de Cão, mas
tornou-se um reino de poder e grandeza sob seu filho, Ninrode, o poderoso
caçador. Ninrode, de acordo com o relato de Gênesis onze e também de acordo com
a história profana, dispôs-se a realizar três coisas. Ele queria edificar uma
nação forte, o que ele fez. Ele queria propagar sua própria religião, o que ele
fez. Ele queria fazer nome, o que ele também realizou. Suas realizações foram
tão monumentais que o reino da Babilônia foi chamado a cabeça de ouro entre
todos os governos mundiais. Que a sua religião ganhou proeminência está provado
pelo fato da Escritura identificá-la completamente com Satanás em Isaías
capítulo 14 e em Apocalipse capítulos 17 e 18. E pela história podemos provar que
ela invadiu todo o mundo e é a base de cada sistema de idolatria, e o tema da
mitologia, embora os nomes dos deuses difiram nas várias regiões da terra de
acordo com a linguagem do povo. Nem é preciso dizer que ele fez nome para si
mesmo e seus seguidores, porque, enquanto esta presente era continuar (até que
Jesus Se revele aos Seus irmãos) ele será adorado e honrado, ainda que sob um
nome diferente de Ninrode, e num templo ligeiramente diferente daquele no qual
ele era adorado originalmente.
Uma vez que a Bíblia não trata a história
de outras nações em detalhes, será necessário pesquisar os antigos registros profanos
para encontrar nossa resposta de como Pérgamo se tornou o trono da religião
satânica da Babilônia. As principais fontes de informação serão os registros da
cultura egípcia e grega. A razão disto é que o Egito recebeu sua ciência e matemáticas
dos caldeus e por sua vez a Grécia as recebeu do Egito. Ora, uma vez que os
sacerdotes eram encarregados de ensinar estas ciências, e desde que estas
ciências eram usadas como parte da religião, nós já sabemos a chave de como a religião
babilônica ganhou sua força nestes dois países. Também é verdade que toda vez
que uma nação conseguia vencer outra nação, no devido tempo a religião do conquistador
tornava-se a religião do conquistado. É bem conhecido que os gregos tinham
exatamente os mesmos signos do zodíaco que tinham os babilônios; e tem sido
encontrado nos antigos registros egípcios que os egípcios transmitiram aos
gregos o seu conhecimento de politeísmo. Assim os mistérios da Babilônia
espalharam-se de nação a nação até que apareceram em Roma, na China, Índia e
até mesmo, tanto na América do Norte como na do Sul, encontramos exatamente a
mesma adoração básica.
As histórias antigas concordam com a
Bíblia que esta religião babilônica com toda a certeza não era a religião
original dos povos primitivos da terra. Foi a primeira a se desviar da fé original;
porém ela mesma não foi a original. Historiadores tais como Wilkinson e Mallet
provaram conclusivamente, conforme documentos antigos, que num certo tempo
todos os povos da terra criam em UM DEUS, supremo, eterno, invisível, Que pela Palavra
de Sua boca trouxe todas as coisas à existência, e que em Seu caráter era
amoroso e bom e justo. Porém como Satanás sempre corromperá tudo o que pode, o
encontramos corrompendo as mentes e os corações dos homens para que rejeitem a
verdade. Como ele sempre tem procurado receber adoração como se fora Deus, e
não servo e criação de Deus, ele desviou a adoração de Deus a fim de que
pudesse atraí-la para si mesmo e assim ser exaltado. Ele certamente conseguiu
realizar seu desejo de espalhar sua religião por todo o mundo. Isto é autenticado
por Deus no Livro de Romanos: “Tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como
Deus, até que se desvaneceram em seus discursos, e através de um coração
obscurecido aceitaram uma religião corrupta na medida em que adoraram criaturas
e não o Criador.” Lembre-se, Satanás era uma criatura de Deus (Filho da Alva).
Assim encontramos que onde uma vez a verdade foi disseminada entre os homens, e
todos persistiam nessa única verdade, eis que mais tarde chegou um dia quando um
vasto grupo se desviou de Deus e espalhou uma forma diabólica de adoração ao
redor do mundo. A história testifica que os da tribo de Sem, que permaneceram
com a verdade imutável, estavam em sólida oposição aos da tribo de Cão que se afastaram
da verdade para a mentira do diabo. Não há tempo para travar uma discussão
sobre isto; é meramente apresentado para que você possa ver que havia duas
religiões e somente duas, e a maligna tornou-se mundial.
O monoteísmo converteu-se em politeísmo na
Babilônia. A mentira do diabo e os mistérios do diabo levantaram-se contra a
verdade de Deus e os mistérios de Deus naquela cidade. Satanás verdadeiramente
tornou-se o deus deste mundo e exigiu adoração daqueles que ele tinha enganado,
fazendo-os crer que ele era verdadeiramente o Senhor.
A religião politeísta do inimigo começou
com a doutrina trinitária. Foi lá atrás na antiguidade que a idéia de “um Deus
em três pessoas” começou a existir. Quão estranho que nossos teólogos modernos
não tenham vislumbrado isto; mas, tão obviamente enganados por Satanás quanto
foram seus antepassados, eles ainda crêem em três pessoas na Divindade. Que nos
mostrem apenas um lugar na Escritura onde haja alguma autoridade para essa
doutrina. Não é estranho que enquanto os descendentes de Cão continuaram seu
caminho na adoração satânica, a qual envolvia um conceito básico de três deuses,
que não haja nem um traço dos
descendentes de Sem crendo
em tal coisa ou tendo qualquer adoração cerimonial que envolvesse até mesmo um símbolo disso?
Não é estranho que os hebreus cressem:
“Ouve, Israel, o Senhor Teu Deus é o ÚNICO Deus”, se houvesse três pessoas na
Divindade? Abraão, o descendente de Sem, em Gên. 18 viu apenas um ÚNICO Deus com
dois anjos.
Agora, como foi representada esta
trindade? Foi representada por um triângulo eqüilátero assim como é representada
hoje em Roma. Estranho, os hebreus não tinham tal conceito. Agora, quem está
certo? Os hebreus ou os babilônios? Na Ásia a idéia politeísta de três deuses
em um resultou numa imagem com três cabeças em um corpo. Ela é representada
como três inteligências. Na Índia, eles sentiram-se inclinados a representá-la
como um deus em três formas. Ora, essa é realmente uma boa teologia dos dias
modernos. No Japão há uma grande imagem de Buda com três cabeças como aquela
que descrevemos previamente. Mas a mais reveladora de todas é a que apresenta o
conceito trinitário de Deus numa forma trina de: 1. A cabeça de um velho simbolizando
Deus Pai; 2. Um círculo que nos mistérios significava “Semente” que por sua vez
significa o Filho; 3. As asas e a cauda de um pássaro (pomba). Aqui estava a
doutrina do Pai, Filho e Espírito Santo, três pessoas na Divindade, uma
autêntica trindade. Você pode ver a mesma coisa em Roma. Agora, deixe-me
perguntar novamente, não é estranho que o diabo e os seus adoradores tivessem realmente
mais verdade revelada do que o pai da fé (Abraão) e seus descendentes? Não é
estranho que os adoradores de Satanás soubessem mais acerca de Deus do que os
filhos de Deus? Ora, isso é o que os teólogos modernos procuram nos dizer
quando falam acerca de uma trindade. Simplesmente recorde esta coisa só, de
agora em diante: Estes registros são fatos e isto é um fato _ Satanás é
mentiroso e pai da mentira, e quando ele vem com alguma luz ainda assim é
mentira. Ele é homicida. E sua doutrina da trindade tem destruído multidões e
destruirá até que Jesus venha.
De acordo com a história não demorou muito
para ser feita uma mudança neste conceito de um Pai e um Filho e o Espírito Santo.
Satanás levou-os um passo por vez para longe da verdade. O emergente conceito
da Deidade agora era: 1. O Pai eterno; 2. O Espírito de Deus encarnado em uma
mãe HUMANA (Isso o faz pensar?); 3. Um Filho Divino, o fruto dessa encarnação,
(A semente da mulher).
Mas o diabo não está contente. Ele não
conseguiu ainda a adoração de si mesmo, exceto de uma maneira indireta. Por isso
ele leva as pessoas para mais longe da verdade ainda. Através de seus mistérios
ele revela às pessoas que, uma vez que o grande Deus e pai invisível não se
envolve nos negócios dos homens, mas permanece em silêncio relativamente a
eles, segue-se então que ele pode muito bem ser adorado em silêncio. Realmente
isto significa ignorá-lo tanto quanto possível, se não totalmente. Esta
doutrina espalhou-se ao redor do mundo também, e hoje mesmo na Índia pode-se
ver que os templos ao grande criador, o deus silencioso, são notadamente poucos
em número.
Uma vez que não era necessário adorar o
pai-criador, foi muito natural que a adoração pendesse para a “Mãe e o Filho” como
alvos de devoção. No Egito houve a mesma combinação de mãe e filho chamada Ísis
e Osíris. Na Índia era Isi e Iswara. (Note até a similaridade de nomes.) Na
Ásia era Cibele e Deoius. Em Roma e na Grécia foi seguido o exemplo, assim como
na China. Bem, imagine a surpresa de alguns missionários católicos romanos
quando entraram na China e encontraram ali a Madona e o Filho com raios de luz
emanando da cabeça do bebê. A imagem poderia muito bem ser permutada por uma do
Vaticano exceto pela diferença de certos traços faciais.
Agora cabe-nos descobrir a mãe e o filho
originais. A mãedeusa original da Babilônia era Semiramis que era chamada Rhea
nos países orientais. Em seus braços ela segurava um filho, que embora bebê,
era descrito como alto, forte, bonito e especialmente cativante às mulheres. Em
Ez. 8:14 ele foi chamado Tamuz. Entre os escritores clássicos era chamado Baco.
Para os babilônios ele era Ninus. O que explica o fato dele ser representado
como um bebê nos braços e ainda assim ser descrito como um grande e poderoso
homem é que ele é conhecido como o “Filho-Esposo”. Um de seus títulos era “Esposo
da Mãe”, e na Índia onde os dois são conhecidos como Iswara e Isi, ele (o
esposo) é representado como um bebê ao seio de sua própria esposa.
Que este Ninus é o Ninrode da Bíblia
podemos afirmar comparando a história com o relato de Gênesis. Pompeius disse: “Ninus,
rei da Assíria, mudou as antigas maneiras moderadas
de vida pelo desejo de conquistar. ELE
FOI O PRIMEIRO QUE FEZ GUERRA CONTRA SEUS VIZINHOS. Ele conquistou todas as
nações desde a Assíria até a Líbia porquanto estes homens não conheciam as
artes de guerra.” Diodorus diz: “Ninus foi o mais antigo dos reis assírios mencionados
na história. Sendo de temperamento guerreiro ele treinou rigorosamente muitos
jovens nas artes de guerra. Ele sujeitou Babilônia quando ainda não havia a
cidade de Babilônia.” Assim vemos que este Ninus começou a tornar-se grande em
Babilônia, construiu Babel e dominou a Assíria, tornando-se seu rei, e depois
prosseguiu a devorar outros vastos territórios onde as pessoas não tinham
habilidade para a guerra e viviam de uma maneira
moderada como disse Pompeius. Agora em Gên. 10,
falando do reino de Ninrode, diz: “E o princípio de seu reino foi Babel, e
Ereque, e Acade, e Calné, na terra de Sinar. Desta mesma terra saiu à Assíria e
edificou a Nínive, e Calá, etc.” Porém os tradutores cometeram um erro ao
traduzir Assíria como um substantivo porque é um verbo, e em caldeu significa
‘tornar forte.’ Assim é Ninrode, que tendo se tornado forte (ele estabeleceu
seu reino formando o primeiro exército do mundo que ele treinou através do adestramento
e dos rigores da caça) foi para além de Sinar com seu forte exército e subjugou
nações e edificou cidades tais como Nínive, cujo nome foi em homenagem a ele,
porque até hoje uma parte principal das ruínas daquela cidade é chamada Nimroud!
Uma vez que descobrimos quem foi Ninus, é
preciso agora descobrir quem era seu pai. De acordo com a história foi Bel, o fundador
de Babilônia. (Agora, deve-se notar aqui que Bel fundou-a no sentido de que ele
começou este movimento todo, porém foi seu filho, Ninus, que a estabeleceu e foi
o primeiro rei, etc.) Porém de acordo com a Escritura, o pai de Ninrode foi Cusi:
“E Cusi gerou a Ninrode.” Não somente isto é assim porém encontramos que Cão
gerou a Cusi. Ora, na cultura egípcia Bel era chamado Hermes, e Hermes
significa: “O FILHO DE CÃO.” De acordo com a história Hermes foi o grande
profeta da idolatria. Ele era o intérprete dos deuses. Outro nome pelo qual ele
era chamado era Mercúrio. (Leia Atos 14:11-12).
Hyginus diz isto acerca desse deus que era
conhecido diferentemente como Bel, Hermes, Mercúrio, etc.: “Por muitas eras os
homens viveram sob o governo de Jove (não o Jove romano, mas o Jeová dos
hebreus que antecede a história romana) sem cidades e sem leis, e todos falando
uma só língua. Porém depois que Mercúrio (Bel, Cusi) interpretou os idiomas dos
homens (por isso um intérprete é chamado hermeneuta) o mesmo indivíduo distribuiu
as nações. Então começou a discórdia.” Vê-se com base nisto que Bel ou Cusi, o
pai de Ninrode, originalmente foi o líder que levou o povo para longe do
verdadeiro Deus e como o “intérprete dos deuses” encorajou o povo a adotar
outra forma de religião. Ele os encorajou a prosseguirem com a torre que seu
filho de fato edificou. Este encorajamento foi o que trouxe a confusão e a
divisão dos homens, portanto ele foi tanto “intérprete como semeador de confusão.”
Cusi, então, foi o pai do sistema
politeísta e quando os homens foram deificados pelos homens, é claro que ele tornou-se
o pai dos deuses. Agora Cusi era chamado Bel. E Bel na mitologia romana era
Janus. Ele é descrito como tendo duas faces e carregava um bastão com o qual
ele confundia e “espalhava” o povo. Ovídio escreve que Janus disse a respeito de
si mesmo: “Os antigos me chamavam de Caos”. Assim encontramos que o Cusi da
Bíblia, o rebelde original contra o monoteísmo era chamado Bel, Belus, Hermes,
Janus, etc., entre os povos antigos. Ele simulava trazer revelações e interpretações
dos deuses ao povo. Fazendo assim, ele provocou a ira de Deus para espalhar o
povo, trazendo divisão e confusão.
Agora, até este ponto vimos de onde veio o
politeísmo ou a adoração a muitos deuses. Mas você notou que também encontramos
menção de um homem chamado Cusi a quem foi dado um título de “o pai dos
deuses”? Você notou aqui o velho tema das antigas mitologias, de que os deuses
se identificam com os homens? É daí que vem a adoração aos antepassados.
Portanto, podemos simplesmente examinar a história para descobrir acerca da
adoração de antepassados. Bem, foi salientado que Cusi introduziu uma adoração
de três deuses: pai, filho e espírito. Três deuses que eram totalmente iguais. Mas
ele sabia da vinda da semente da mulher, portanto teria que haver uma mulher e
sua semente no quadro. Isto foi realizado quando Ninrode morreu. Sua esposa,
Semiramis, o deificou, e assim fez-se a mãe do filho e também a mãe dos deuses.
(Tão exatamente como a igreja romana deificou Maria. Eles alegam que ela era
sem pecado e foi a Mãe de Deus.) Ela (Semiramis) chamou Ninrode de “Zeroashta”
que significa, “a semente prometida da mulher.”
Mas não demorou muito até que a mulher
começasse a atrair mais atenção do que o filho, e logo era ela a que era retratada
como pisando a serpente sob seus os pés. Eles a chamaram “a rainha do céu” e
fizeram-na divina. Quão semelhante ao dia de hoje onde Maria, a mãe de Jesus,
foi elevada à imortalidade e agora mesmo, desde setembro de 1964, o concílio
vaticano está tentando dar a Maria uma qualidade que ela não possui, pois eles
prefeririam chamá-la: “Maria, a Mediadora,” “Maria, a Mãe de Todos os Crentes,”
ou “Mãe da Igreja.” Se alguma vez tem havido adoração babilônica aos antepassados
numa religião, é na religião da Igreja de Roma.
Não somente a adoração aos antepassados
originou-se na Babilônia mas também a adoração à natureza. Foi na Babilônia que
os deuses foram identificados com o sol e a lua, etc. O principal objeto na
natureza era o sol que tem propriedades doadoras de luz e calor e afigura-se ao
homem como uma bola de fogo nos céus. Assim o principal deus seria o deus sol a
quem eles chamavam Baal. Freqüentemente o sol era representado como um círculo
de chama e logo ao redor dessa chama aparecia uma serpente. Não demorou muito
até que a serpente se tornasse um símbolo do sol e consequentemente fosse
adorada. Dessa forma o desejo do coração de Satanás foi completamente
realizado. Ele era adorado como Deus. Seu trono foi estabelecido. Seus escravos
inclinavam-se diante dele. Lá em Pérgamo ele foi adorado na forma de uma
serpente viva. A árvore da Ciência do Bem e do Mal, agora simbolizada na forma
de uma serpente viva, não apenas tinha seduzido Eva mas a maioria da
humanidade.
Mas como Pérgamo se tornou o trono de
Satanás se Babilônia era o trono? Novamente a resposta acha-se na história.
Quando Babilônia caiu diante dos Medos e Persas, o rei-sacerdote Attalus fugiu
da cidade e foi para Pérgamo com seus sacerdotes e mistérios sagrados. Lá ele
estabeleceu seu reino fora do império romano, e prosperou sob o cuidado do diabo.
Este foi um resumo muito breve da história
da religião babilônica e sua vinda a Pérgamo. Sem dúvida, muitas perguntas são deixadas
sem resposta e, por certo, muito mais podia ter sido dito para nos esclarecer,
porém este não pretende ser um estudo de história, mas sim uma ajuda ao estudo
da Palavra.
A
DENÚNCIA
Apoc. 2:14-15: “Mas umas poucas de coisas
tenho contra ti: porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava
Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos
sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a
doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.”
Nesta era de Pérgamo o Senhor denuncia
duas doutrinas que Ele aborrece: 1. A doutrina de Balaão que trouxe idolatria e
excessos pecaminosos a Israel em Baal-Peor, e 2. A doutrina dos nicolaítas, que
tinha sido apenas obras na Era de Éfeso. Combine esta denúncia com o fato Dele
ter enfatizado Pérgamo como o trono de Satanás, e é muito fácil e próprio
concluir que de alguma maneira a religião de Babilônia tornou-se misturada com
o cristianismo.
Ora, isto não é meramente uma suposição,
mas um fato histórico que provaremos voltando na história por volta de 36 d.C.
e avançando até o Concílio de Nicéia em 325. Quando os cristãos (a maioria judeus
de nascença) foram dispersos de Jerusalém eles foram por todos os lugares
pregando o Evangelho, particularmente nas sinagogas. Assim dentro de três anos,
ou por volta de 36 d.C. o Evangelho tinha sido levado a Roma por Junias e
Andrônico, os quais de acordo com Romanos 16:7 eram apóstolos. A obra floresceu
ali por diversos anos até que as constantes discussões dos judeus entre si mesmos
fizeram com que o imperador Cláudio os expulsasse de Roma. Com os judeus
banidos dessa cidade a espinha dorsal daquela pequena igreja foi praticamente
quebrada. Talvez até mesmo os anciãos fossem judeus e portanto teriam ido
embora. O rebanho teria ficado abandonado e uma vez que a Palavra ainda não
fora escrita como um guia seria muito fácil este pequeno rebanho se desviar ou
ser invadido pelos filósofos e pagãos daquele dia. Com lobos cruéis à espreita,
e o espírito do anticristo à solta, encontramos na história que esta pequena igreja
em Roma tornou-se irremediavelmente apóstata, e começou a introduzir cerimônias
pagãs sob títulos cristãos.
Como o período de banimento durou 13 anos,
os fundadores, Junias e Andrônico, não voltaram até 54 d.C. Imagine o horror deles
ao encontrar uma igreja com um título cristão que era lamentavelmente pagã.
Havia altares na igreja sobre os quais colocavam incenso e celebravam ritos
pagãos. Os líderes estabelecidos daquela igreja não podiam ser abordados, portanto
com os poucos que tinham procurado permanecer fiéis eles começaram uma nova
igreja, ou a Segunda Igreja de Roma. Deus misericordiosamente operou entre eles
com sinais e prodígios de forma que foi começada uma terceira igreja. E embora
a Primeira Igreja fosse reprovada por ser pagã e NÃO cristã em sua adoração ela
não desistiria de seu título, mas permaneceu e AINDA PERMANECE a Primeira
Igreja de Roma _ A Igreja Católica Romana.
Agora, a maioria de nós tem a idéia
errônea de que todo e qualquer um que se chame de cristão seria alvo do diabo e
conseqüentemente sujeito ao impacto da tirania governamental. Porém não é
assim. Esta primeira igreja começara a prosperar e a se multiplicar tanto em
número que os imperadores e vários oficiais do governo realmente favoreceram
essa igreja por razões políticas. Assim, quando os líderes da Primeira Igreja
em Roma acharam-se favorecidos, aproveitaram a oportunidade para incitar o
governo contra os verdadeiros crentes e exigir a perseguição deles, a menos que
viessem para o seu aprisco. Um desses foi Aniceto, um bispo da Primeira Igreja
de Roma que viveu no segundo século e foi contemporâneo de Policarpo. Quando o
venerável Policarpo soube que a Primeira Igreja Cristã de Roma estava envolvida
em cerimônias pagãs e tinha corrompido a verdade do Evangelho, ele foi lá
implorar a eles para mudarem. Ele os viu prostrarem-se diante de imagens com nomes
de apóstolos e santos. Ele os viu acenderem velas e queimarem incenso sobre o
altar. Ele os viu celebrarem a Páscoa sob o nome de Easter [Do anglo-saxônio Eástre, deusa da
primavera_Trad.], na qual elevavam o pão em forma de disco em honra ao deus sol,
e então derramavam o vinho como uma libação aos deuses. Mas este idoso santo
que tinha viajado 1500 milhas não pôde interromper o mergulho decadente deles. Deus
falou através dele, no momento em que estava partindo: “Efraim está casado com
seus ídolos; deixa-o,” Oséias 4:17. Policarpo nunca mais retornou.
Seguindo Aniceto veio o iníquo bispo de
Roma chamado Vitor. Ele introduziu ainda mais festivais e cerimônias pagãs na
Primeira Igreja, e também empenhou-se ao máximo tentando persuadir as
verdadeiras igrejas cristãs a incorporarem as mesmas idéias. Elas não faziam
como ele pedia, assim ele convenceu oficiais do governo a perseguirem os
crentes, lançando-os aos tribunais, jogando-os nas prisões e até mesmo impondo
a morte a muitos. Um exemplo típico de suas obras vis é encontrado na história,
onde o imperador Septimus Severus foi convencido por Callistus (o amigo de Vitor)
a matar 7000 em Tessalônica porque estes verdadeiros crentes celebravam a
Páscoa de acordo com o Senhor Jesus e não de acordo com a adoração a Astarte.
A falsa vinha já estava soltando sua ira
contra o Deus vivo matando os eleitos, assim como seu antepassado, Caim, matou Abel.
A verdadeira igreja continuou tentando
persuadir a Primeira Igreja a se arrepender. Ela não o fazia. Ela cresceu em tamanho
e em influência. Ela empenhou-se numa campanha constante para desacreditar a
verdadeira semente. Eles alegavam que eles e somente eles eram os verdadeiros representantes
do Senhor Jesus Cristo, e se gabavam do fato de que eram a igreja original em
Roma, e somente eles eram a Primeira Igreja. Realmente eles eram A Primeira
Igreja em REALMENTE SÃO.
Assim, no tempo desta terceira era da
igreja temos duas igrejas levando o mesmo nome porém com uma amarga diferença
entre elas. Uma se apartou da verdade, casou-se com ídolos e não tem nenhuma
vida em si. Ela se hibridizou e os sinais da morte, (não da vida), seguem em
seu rastro. Ela é poderosa com muitos membros. Ela é favorecida pelo mundo. A outra
é um pequeno grupo perseguido. Porém ela segue a Palavra, e os sinais a seguem.
Os enfermos são curados e os mortos são ressuscitados. Ela está viva com a Vida
e a Palavra de Deus. Ela não ama sua vida, mas mantém-se fiel ao Seu Nome e à
Sua Fé mesmo até a morte.
E assim a terrível perseguição da Roma
oficial caiu sobre os verdadeiros crentes até que se levantou Constantino e concedeu
liberdade de adoração religiosa. Parece haver duas razões pelas quais esta
liberdade foi concedida. Em primeiro lugar vários bons imperadores não tinham
permitido a perseguição, porém quando morreram, foram sucedidos pelos que
matavam cristãos. Era tão sem sentido que finalmente chegou à consideração
pública que os cristãos deviam ser deixados em paz. A segunda e melhor conhecida
razão é que Constantino tinha uma batalha muito difícil pela frente para assumir
o controle do império. Certa noite, num sonho, ele viu uma cruz branca aparecer
diante dele. Ele sentiu que isto lhe era um presságio que, se os cristãos
orassem pela sua vitória, ele venceria a batalha. Ele lhes prometeu liberdade
caso fosse vitorioso. Ele foi vitorioso e a liberdade de adoração foi concedida
no édito de Nantes em 312 d.C.
Porém esta isenção de perseguição e morte
não foi tão magnânima como a princípio pareceu. Constantino agora era o patrono.
Como patrono seu interesse era algo mais do que o de um observador, porque ele
decidiu que a igreja precisava de sua ajuda em seus negócios. Ele os vira
discordando sobre vários assuntos, um dos quais envolvia Arius, bispo de Alexandria,
que ensinava a seus adeptos que Jesus não era verdadeiramente Deus mas um ser
secundário, tendo sido criado por Deus. A Igreja Ocidental sustentava uma
opinião contrária, crendo que Jesus era a própria essência de Deus e como
diziam ‘coigual com o Pai’. Com tais assuntos, juntamente com a intrusão de
cerimônias pagãs na adoração, o imperador convocou o Concílio de Nicéia em 325
com o pensamento de que ele reuniria todos os grupos numa circunstância tal
onde pudessem aplainar suas diferenças, e chegar a um entendimento comum, e
todos serem um. Não é estranho que, embora começasse com Constantino, isto não morreu
mas está bem vivo hoje no papel do “Concílio Mundial de Igrejas”? E o que ele
falhou em de fato conseguir, será conseguido neste dia através do movimento
ecumênico.
Agora, esta interferência do estado na
igreja é uma tolice porque o mundo não compreende nem a verdade que se encontra
na Palavra, nem os caminhos da igreja. Ora, a própria decisão dada pelo
concílio de que Arius estava errado foi revertida dois anos mais tarde pelo
imperador e por muitos anos aquela falsa doutrina foi impingida ao povo.
Porém, que a igreja e o estado se
ajuntariam, foi em verdade pré-conhecido do Senhor. O próprio nome Pérgamo significa
“completamente casado”. E realmente o estado e a igreja estavam casados; a
política e a religião estavam unidas. Os filhos dessa união têm sido
consistentemente os mais horríveis híbridos que o mundo já viu. A verdade não
está neles, mas sim todos os maus caminhos de Caim (o primeiro híbrido).
Não somente o estado e a igreja se casaram
nesta era, mas a religião babilônica foi oficialmente agregada à Primeira
Igreja. Satanás agora tinha acesso ao Nome de Cristo e estava entronizado como
Deus na adoração. Com a ajuda de auxílio federal as igrejas herdaram belos
edifícios que eram revestidos com altares de mármore branco e imagens de santos
falecidos. E é bem nesta era que a “besta de Apoc. 13:3” que foi ferida de morte
(o Império Romano pagão) voltou à vida e ao poder como o “Santo Império
Romano.” Roma como uma nação material sofrera muita exaustão e em breve a
sofreria por completo; porém agora já não importava, porque o seu império
religioso a manteria internamente no topo do governo mundial, onde ela não
aparentaria fazê-lo externamente.
Deixe-me mostrar a exata verdade
escriturística deste assunto, porque não quero que ninguém pense que eu estou dando
uma revelação de mim mesmo _ uma que não se encontra na Escritura. Dan.
2:31-45: “Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua. Esta
estátua, que era grande e cujo esplendor era excelente, estava em pé diante de
ti; e a sua vista era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu
peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; as
pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas
vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos
pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro,
o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das
eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a
pedra, que feriu a estátua, se fez um grande monte, e encheu toda a terra. Este
é o sonho; também a interpretação dele diremos na presença do rei. Tu, ó rei,
és rei de reis; pois o Deus do céu te tem dado o reino, o poder, e a força, e a
majestade. E onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo, e aves
do céu, Ele tos entregou na tua mão, e fez que dominasses sobre todos eles; tu
és a cabeça de ouro. E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu;
e um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra. E o
quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiuça e quebra tudo,
como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará. E, quanto ao
que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro,
isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do
ferro, pois que viste o ferro misturado com o barro de lodo. E como os dedos
dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino
será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com
barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao
outro, assim como o ferro se não mistura com o barro. Mas, nos dias destes
reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino
não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e será
estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma
pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o
Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disto; e certo é o sonho, e
fiel a sua interpretação.” Nisto está revelado um exato relato da encoberta
história futura que foi profetizado vir sobre a terra desde o tempo de Daniel
até que Jesus voltasse e reinasse como o Filho de Davi. É conhecido como “Os
Tempos dos Gentios.” Ele teve em si quatro divisões históricas que foram
conhecidas segundo o império dominante em cada divisão: babilônica, medo-persa,
grega e romana. A maior e mais absoluta monarquia foi a babilônica que foi
tipificada como a cabeça de ouro. A próxima em glória foi a medo-persa que,
como testificou a história, foi verdadeiramente menos gloriosa e foi tipificada
como o peito e os braços de prata. Então seguiu-se a era grega, cujo rei foi o
mais brilhante de todos os líderes militares que o mundo já conheceu, e assim
foi apropriadamente tipificada como o ventre e as coxas de cobre. Foi menos
gloriosa que as outras duas que a precederam. Finalmente veio o último reino
que foi o Império Romano tipificado como as pernas e os pés. Mas, enquanto os
reinos precedentes foram tipificados como minerais puros (ouro, prata e cobre
puros) este último império foi ferro puro somente nas pernas, pois quando
chegou aos pés era uma mistura de ferro e barro, e mineral e terra simplesmente
não se mesclam produzindo uniformidade e força. Porém não somente isto é assim,
mas o mais surpreendente é que este último império (o romano) permaneceria em
seu peculiar ‘estado mesclado’ exatamente até Jesus retornar.
Este Império Romano de ferro (o ferro
significando poder e grande força destrutiva contra a oposição) devia ser
constituído de duas principais divisões. E certamente o foi porque o império literalmente
dividiu-se em dois _ Leste e Oeste. Ambos eram muito poderosos, esmagando tudo
diante deles.
Porém como a glória e o poder de todos os
impérios enfraquecem assim também este império começou a cair. Dessa forma Roma caiu. A Roma
imperial pagã não era mais de ferro. Ela desmoronou. Ela foi ferida de morte.
Roma agora não podia governar. Tudo estava acabado. Assim pensou o mundo. Porém
quão errado estava o mundo, porque aquela cabeça (Roma) embora ferida não fora
ferida de morte. (Wuest, na tradução de Apoc. 13:3, diz: “E uma de suas cabeças
pareceu ter sido mortalmente ferida, tendo sido cortada a garganta.
E seu corte mortal foi curado. E toda a terra seguiu após a Besta Selvagem com
assombro.”)
As pessoas olham para Roma. Elas olham
para a nação da Itália. E quando olham não percebem que Roma, com seus limites
restritos onde o papa tem uma área efetiva como seu domínio, é literalmente uma
nação dentro de uma nação, e ela tem embaixadores e recebe embaixadores. A ROMA
PAPAL, FALSAMENTE CRISTÃ (ela é até chamada a eterna cidade _ quão blasfemo),
AGORA CONTROLA PELA RELIGIÃO ATÉ MAIS HABILMENTE DO QUE QUANDO A ROMA IMPERIAL
PAGÃ CONTROLAVA PELO PURO FERRO DA FORÇA. Roma recebeu novo alento de vida
quando Constantino uniu a igreja e o estado e sustentou essa união pela força.
O espírito que motivou a Roma pagã é o mesmo espírito que motiva agora a Roma
falsamente cristã. Você pode ver que é assim, porque agora você sabe que o
quarto império nunca deixou de existir; ele simplesmente mudou em sua contextura
exterior.
Uma vez que o Concílio de Nicéia passara o
poder da Roma política para a igreja, parecia que não havia limites aos quais chegaria
esta Primeira Igreja Cristã. O nome, cristão, quem originalmente trouxe
perseguição, agora tornou-se o nome dos perseguidores. Foi nesta era que
Agostinho de Hipona (354 a 430) apresentou o preceito de que a igreja devia e TINHA
de empregar força se necessário para trazer seus filhos de volta ao aprisco, e que
estava em harmonia com a Palavra de Deus matar os hereges e apóstatas. Em sua
controvérsia com os donatistas ele escreveu. . . “Seria realmente melhor que os
homens fossem levados a adorar a Deus pelo ensinamento e que não fossem compelidos
a isso pelo medo da punição ou da dor, porém não se pode concluir que, em razão
do primeiro caminho produzir melhores homens, então aqueles que não se rendem a
ele devam ser negligenciados. Porque muitos têm achado vantagem (como temos
provado e estamos diariamente provando por experiência real) em serem forçados
primeiro pelo medo ou pela dor, para depois poderem ser influenciados pelo
ensinamento, a fim de poderem acompanhar com atos o que já aprenderam em palavras.
. .Embora sejam melhores aqueles que são guiados corretamente pelo amor, são
certamente mais numerosos aqueles que são corrigidos pelo medo. Porque quem
pode nos amar mais do que Cristo, Que deu a Sua vida pelas ovelhas? Todavia
após chamar Pedro e os outros apóstolos apenas por Suas palavras, quando veio
chamar Paulo, Ele não somente o constrangeu com Sua voz, mas ainda lançou-o por
terra com Seu poder; e para que Ele pudesse à força levar um, que esbravejava
em meio às trevas da infidelidade, a desejar a luz do coração, Ele primeiro o
feriu com cegueira física. Porque então não deveria a Igreja usar força para
constranger os seus filhos perdidos a retornarem? O próprio Senhor disse: ‘Saí
pelos caminhos e valados, e força-os a entrar.’ Portanto se o poder que a
Igreja tem recebido por decreto divino em seu devido tempo, através do caráter
religioso e da fé de reis, for o instrumento pelo qual aqueles que se encontram
nos caminhos e valados _ isto é em heresias e cismas _ são forçados a entrar,
então que eles não critiquem o serem forçados.”
A sede de sangue crescia a passo
acelerado. A falsa vinha na Espanha agora tirava proveito do imperador Maximus
para juntar-se ao ataque contra os verdadeiros crentes que tinham a Palavra e
os sinais e prodígios com eles. Assim alguns priscilianistas foram conduzidos a
Treves pelo bispo Ithacus (385). Ele os acusou de feitiçaria e imoralidade e
muitos foram executados. Martin de Tours, e Ambrósio de Milão protestaram contra
isto, e empenharam-se em vão para que a perseguição cessasse. Visto que a
perseguição se prolongasse estes dois bispos se recusaram a ter companheirismo
com o bispo Hydatus e outros como ele. É estranho dizer que o sínodo de Treves
aprovou os assassinatos.
Deste tempo em diante, especialmente
durante a Idade Média, veremos os filhos da carne perseguirem e destruírem os filhos
do Espírito, embora ambos aleguem ter um mesmo Pai, assim como foi no caso de
Ismael e Isaque. As trevas da corrupção espiritual se adensarão e a verdadeira
luz de Deus enfraquecerá até que, em termos numéricos, brilhe cada vez mais
fracamente. Todavia a promessa de Deus permanecerá verdadeira: “E a luz
resplandece nas trevas, e as trevas não podem fazer nada acerca disto.”
Ora, até agora eu não apresentei aquele
ponto da história que eu prometi cobrir, isto é, a mistura da religião de
Ninrode com a religião cristã. Você recordará que Attalus fugiu de Babilônia
para Pérgamo e estabeleceu seu reino fora do alcance do império romano. Ele
floresceu através dos anos, sustentado pelo deus deste mundo. Uma sucessão de
reis sacerdotes seguiu Attalus até o reino de Attalus III, quando, por razões
só conhecidas pela soberania de Deus, ele legou o reino para Roma. Júlio César
então tomou tanto o reino físico como o espiritual, porque ele tornou-se o
Pontífice Maximus da religião babilônica e portanto foi rei-sacerdote. Este
título continuou passando para os imperadores seguintes até o tempo de Maximus
III que o recusou. De acordo com a História de Estêvão foi então que o papa
tomou a liderança que o imperador rejeitara e hoje ainda há um pontífice no
mundo, e ele é verdadeiramente o Pontífice Maximus. Ele usa uma coroa tríplice
e reside em Roma. E em Apoc. 17 Deus não mais se refere a Pérgamo como o trono
de Satanás nem diz que é onde Satanás habita. Não, o lugar do trono não é mais
em Pérgamo, porém é o MISTÉRIO Babilônia. Não é em Babilônia mas no MISTÉRIO
Babilônia. Está numa cidade sobre sete colinas. Seu cabeça é anticristão pois
ele usurpou a posição de Cristo, Que é o único mediador e Que é o único que
pode perdoar pecados. Sim, o Pontífice Maximus está conosco hoje.
A
DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS
Apoc. 2:15: “Assim tens também os que
seguem a doutrina dos nicolaítas, o que Eu aborreço.”
Você recordará que eu salientei na Era de
Éfeso que a palavra Nicolaíta vem de duas palavras gregas: Nikao que significa conquistar, e Lao que significa os leigos.
Nicolaíta significa “conquistar os leigos.” Agora, porque isto é uma coisa tão terrível? É terrível
porque Deus nunca colocou Sua igreja nas mãos de uma liderança eleita que se
move com mentalidade política. Ele colocou Sua igreja aos cuidados de homens
ordenados por Deus, cheios do Espírito, que vivem da Palavra, os quais guiam as
pessoas alimentando-as da Palavra. Ele não separou as pessoas em classes para
que as multidões sejam dirigidas por um sacerdócio santo. É verdade que a liderança
deve ser santa, mas assim deve ser também toda a congregação. Além disso, não
há nenhum lugar na Palavra onde sacerdotes ou ministros ou semelhantes sejam mediadores
entre Deus e o povo, tampouco há onde eles sejam separados na sua adoração ao
Senhor. Deus quer que todos O amem e O sirvam juntos. O nicolaitismo destrói
esses preceitos e, em substituição, separa os ministros do povo e faz dos líderes
senhores supremos em vez de servos. Agora, esta doutrina na realidade começou
como uma obra na primeira era. Parece que o problema estava em duas palavras:
‘anciãos’ (presbíteros) e ‘bispos’ (supervisores). Embora a Escritura mostre
que há vários anciãos em cada igreja, alguns (entre eles Inácio) começaram a
ensinar que o conceito de um bispo era o de alguém de preeminência ou
autoridade e controle sobre os anciãos. Agora, a verdade do assunto é que a
palavra ‘ancião’ significa quem a pessoa é, enquanto que a palavra ‘bispo’ significa
o ofício do mesmo homem. O ancião é o homem. Bispo é o ofício do homem.
‘Ancião’ sempre se referiu e sempre se referirá simplesmente à idade
cronológica de um homem no Senhor. Ele é um ancião, não porque seja eleito ou
ordenado, etc., mas porque ele É MAIS VELHO. Ele é mais amadurecido, treinado,
não é neófito, é de confiança, por causa da experiência e da prova de longa
data de sua prática cristã. Mas não, os bispos não se prenderam às epístolas de
Paulo, mas preferiram recorrer à exposição de Paulo na ocasião em que ele
chamou os anciãos de Éfeso a Mileto em Atos 20. No versículo 17, o relato
declara que foram convocados os “anciãos,” e logo no versículo 28 eles são chamados
de bispos (supervisores). E estes bispos (sem dúvida de mentalidade política e
ansiosos por poder) insistiram que Paulo tinha dado a entender que os ‘bispos’
eram mais do que o ancião local com capacidade oficial somente em sua própria
igreja. Para eles um bispo agora era alguém com autoridade estendida sobre
muitos líderes locais. Tal conceito não era nem escriturístico nem histórico,
embora até mesmo um homem da estatura de Policarpo se inclinasse a tal
organização. Assim, aquilo que começou como uma obra na primeira era fez-se literalmente
uma doutrina e assim é hoje. Bispos ainda alegam ter poder para controlar
homens e lidar com eles como desejam, colocando-os no ministério onde eles
assim querem. Isto nega a liderança do Espírito Santo Que disse: “Apartai- Me a
Barnabé e a Paulo para a obra a que os tenho chamado.” Isto é anti-Palavra e
anticristão. Mat. 20:25-28: “Então Jesus, chamando-os para junto de Si, disse:
Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os
grandes exercem autoridade sobre eles. Não
será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós
fazer-se grande seja vosso serviçal; e qualquer que entre vós quiser ser o
primeiro seja vosso servo; bem como o Filho do homem não veio para ser servido,
mas para servir, e para dar a Sua vida em resgate de muitos.” Mat. 23:8-9:
“Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque Um só é o vosso Mestre, a
saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso
pai, porque Um só é o vosso Pai, o Qual está nos céus.”
A fim de esclarecer isto ainda mais,
deixe-me explicar o nicolaitismo desta maneira. Recorde que em Apoc. 13:3 diz:
“E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi
curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.” Agora nós sabemos que a
cabeça ferida era o Império Romano pagão, aquele grande poder político mundial.
Esta cabeça se levantou novamente como o “império espiritual Católico Romano”.
Agora observe bem isto. O que a política Roma pagã fez que foi a base do seun sucesso?
Ela “dividiu e conquistou.” Essa foi a semente de Roma _ dividir e conquistar.
Seus dentes de ferro dilaceravam e devoravam. Quem ela dilacerava e devorava
não podia mais se levantar como quando destruiu Cartago e a semeou de sal. A
mesma semente de ferro permaneceu nela quando se levantou como a falsa igreja,
e sua política tem permanecido a mesma _ dividir e conquistar. Isso é
nicolaitismo e Deus o aborrece.
Ora, é um fato histórico bem conhecido que
quando este erro insinuou-se na igreja, homens começaram a disputar o ofício de
bispo, e como conseqüência esta posição passou a ser dada aos homens mais
instruídos e materialmente mais progressistas e de maior inclinação política. O
conhecimento humano e o programa começaram a tomar o lugar da sabedoria divina
e o Espírito Santo não mais controlava. Isto na verdade foi um mal trágico,
porque os bispos começaram a sustentar que não era mais preciso um caráter
cristão transparente para ministrar tanto a Palavra como os ritos na igreja,
pois eram os elementos e a cerimônia que importavam. Isto permitiu que homens
maus (sedutores) despedaçassem o rebanho.
Com a doutrina feita pelo homem da
elevação de bispos a uma posição não concedida a eles na Escritura, o passo seguinte
foi a distribuição de títulos de nível que culminou numa hierarquia religiosa;
porque logo havia arcebispos sobre bispos e cardeais sobre os arcebispos e no
tempo de Bonifácio terceiro havia um papa sobre todos, um Pontífice.
Ora, com a doutrina nicolaíta e a fusão do
cristianismo com o babilonismo os resultados finais tinham que ser o que Ezequiel
viu no capítulo 8:10: “E entrei, e olhei, e eis que toda a forma de répteis, e
de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel, estavam pintados
na parede em todo o redor.” Apoc. 18:2: “E clamou fortemente com grande voz, dizendo:
Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo
o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. Porque todas as
nações beberam do vinho da ira da sua prostituição.”
Agora esta doutrina nicolaíta, esta regra
que foi estabelecida na igreja, não agradou muito bem uma porção de pessoas
porque elas podiam ler a epístola ou a composição esporádica sobre a Palavra
escrita por alguma pessoa piedosa. Então o que fez a igreja? Excomungou os
mestres corretos e queimou os rolos de pergaminho. Eles disseram: “É preciso instrução
especial para ler e entender a Palavra. Ora, até mesmo Pedro disse que muitas
coisas que Paulo escreveu eram difíceis de entender.” Tendo tirado a Palavra do
povo, logo coube ao povo ouvir somente o que o sacerdote tinha a dizer, e fazer
o que ele lhes dizia. Eles chamaram isso de Deus e Sua santa Palavra. Eles
tomaram controle da mente e da vida das pessoas e fizeram-nas servos de um
sacerdócio despótico.
Agora se você quer prova que a Igreja
Católica demanda as vidas e as mentes dos homens, ouça só o édito de Teodosius
X. O Primeiro Édito de Teodosius.
Este édito foi publicado logo depois que ele
foi batizado pela Primeira Igreja de Roma. “Nós, três imperadores, determinamos
que nossos súditos adiram firmemente à religião que foi ensinada por S. Pedro
aos romanos, a qual tem sido fielmente preservada pela tradição e que é agora
professada pelo pontífice Damasus de Roma, e Pedro, bispo de Alexandria, um
homem de santidade apostólica de acordo com a instituição dos Apóstolos, e a
doutrina do Evangelho; creiamos em uma Divindade do Pai, do Filho, e do
Espírito Santo, de igual majestade na Santíssima Trindade. Nós ordenamos que os adeptos desta fé sejam chamados cristãos católicos; nós estigmatizamos todos os insensatos
seguidores das outras religiões
com o infame nome de heréticos, e proibimos seus ajuntamentos clandestinos de assumirem
o nome de igrejas. Além da condenação da justiça divina,
eles devem esperar a dura pena que nossa autoridade, guiada pela sabedoria celestial,
julgar próprio aplicar. . .”
As quinze leis penais que este imperador
publicou em um mesmo número de anos privaram os evangélicos de todos os direitos
ao exercício de sua religião, os excluiu de todos os ofícios civis, e os
ameaçou com multas, confisco, degredo e em alguns casos até mesmo a morte.
Você sabe de uma coisa? Nós estamos
rumando exatamente nessa direção hoje.
A Igreja Católica Romana chama a si mesma
de igreja Mãe. Ela chama a si mesma de primeira igreja ou igreja original. Isso
é absolutamente correto. Ela foi a Primeira Igreja de Roma original que se
apostatou e entrou em pecado. Ela foi a primeira que se organizou. Nela foram
encontradas as obras e depois a doutrina do nicolaitismo. Ninguém negará que
ela é mãe. Ela é mãe e tem produzido filhas. Agora, uma filha sai de uma
mulher. Uma mulher vestida de escarlate está assentada sobre as sete colinas de
Roma. Ela é uma meretriz e tem gerado filhas. Essas filhas são as igrejas protestantes
que saíram dela e depois voltaram diretamente à organização e ao nicolaitismo.
Esta mãe das igrejas-filhas é chamada de prostituta. Essa é uma mulher que foi
infiel aos seus votos matrimoniais. Ela estava casada com Deus e depois saiu
fornicando com o diabo e em suas fornicações tem dado à luz filhas que são
exatamente iguais a ela. Esta combinação de mãe e filha é anti-Palavra,
anti-Espírito e conseqüentemente anticristã. Sim, ANTICRISTÃ.
Agora, antes que eu vá longe demais quero
mencionar que estes bispos primitivos pensavam que estavam acima da Palavra.
Eles diziam às pessoas que podiam perdoar seus pecados pela confissão desses
pecados. Isso nunca foi verdade. Eles começaram a batizar criancinhas no
segundo século. Eles em verdade praticavam o batismo para regeneração. Não admira
que as pessoas estejam confusas hoje. Se já estavam tão confusas naquele tempo,
tão perto do Pentecostes, então agora estão numa condição mais desesperadora,
estando cerca de 2000 anos distantes da verdade original.
Ó Igreja de Deus, há somente uma
esperança. Volte à Palavra e permaneça com ela.
A
DOUTRINA DE BALAÃO
Apoc. 2:14: “Tens lá os que seguem a
doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos
de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.”
Agora, não se pode ter uma estrutura
nicolaíta na igreja e não ter também esta outra doutrina introduzida. Veja, se
você tira a Palavra de Deus e a moção do Espírito como meios de adoração
(importa que os que Me adoram Me adorarem em Espírito e em verdade) então terá
que dar ao povo outra forma de adoração como substituta, e substituição
significa balaanismo.
Se pretendemos entender o que é a doutrina
de Balaão na igreja do Novo Testamento é melhor voltarmos e vermos o que ela
foi na igreja do Velho Testamento e aplicá-la a essa terceira era e depois
trazê-la até o presente.
O relato encontra-se em Números capítulos
22 a 25. Ora, sabemos que Israel era o povo escolhido de Deus. Eles eram os pentecostais
do seu dia. Eles tinham se refugiado sob o sangue; todos tinham sido batizados
no Mar Vermelho e saíram das águas cantando no Espírito e dançando sob o poder
do Espírito Santo, enquanto Miriã, a profetisa, tocava seu tamboril. Bem, depois
de um certo tempo de jornada estes filhos de Israel chegaram a Moabe. Você
recorda quem era Moabe. Ele era filho de Ló com uma de suas próprias filhas, e
Ló por sua vez era sobrinho de Abraão, de modo que Israel e Moabe eram aparentados.
Eu quero que você veja isso. Os moabitas conheciam a verdade, quer vivessem de
acordo com ela quer não.
Assim Israel chegou às fronteiras de Moabe
e enviou mensageiros ao rei dizendo: “Nós somos irmãos. Deixa-nos passar pela
tua terra. Se nosso povo ou nossos animais comerem ou beberem qualquer coisa,
de bom grado pagaremos por isto.” Porém o rei Balaque ficou muito perturbado.
Esse cabeça daquele grupo nicolaíta não estava disposto a deixar a igreja
atravessar com seus sinais e prodígios e diversas manifestações do Espírito
Santo, com suas faces brilhando com a glória de Deus. Era por demais arriscado,
visto que podia perder alguns da sua gente. Assim Balaque recusou-se a deixar Israel
atravessar. De fato, era tão grande o seu temor diante deles, que ele foi a um
profeta mercenário chamado Balaão e lhe pediu para mediar entre ele e Deus e
rogar ao Todo- Poderoso para amaldiçoar Israel, e torná-los impotentes. E Balaão,
sendo ávido por tomar parte em assuntos políticos e tornar-se um grande homem,
ficou muitíssimo alegre em fazer isso. Porém vendo que tinha que se aproximar
de Deus e obter uma audiência com Ele para que o povo fosse amaldiçoado, como
não podia fazê-lo de si mesmo, foi perguntar a Deus se podia ter Sua permissão
para ir. Agora, isso não é exatamente igual aos nicolaítas que temos conosco
hoje? Eles amaldiçoam qualquer um que não segue o caminho deles.
Quando Balaão pediu a Deus permissão para
ir, Deus lhe recusou. Que coisa, isso doeu! Porém Balaque insistiu, prometendo-lhe
ainda maiores recompensas e honra. Assim Balaão foi de novo a Deus. Ora, uma só
resposta de Deus deveria ter sido suficiente. Mas não para o rebelde Balaão. Quando
Deus viu sua perversidade, disse-lhe para se levantar e ir. Rapidamente ele
selou a jumenta e foi-se embora. Ele deveria ter percebido que esta era apenas
a vontade permissiva de Deus e que ele não poderia amaldiçoá-los ainda que
fosse vinte vezes e tentasse vinte vezes. Quão semelhante a Balaão é o povo
hoje! Eles crêem em três Deuses, são batizados em três títulos em lugar do
NOME, e todavia Deus envia o Espírito sobre eles como enviou sobre Balaão, e
eles continuam crendo que estão exatamente corretos, e eis que são na realidade
perfeitos balaanitas. Veja, a doutrina de Balaão. Siga avante de qualquer
maneira. Faça-o à sua maneira. Eles dizem: “Bem, Deus nos tem abençoado. Isto
tem de estar correto.” Eu sei que Ele tem abençoado vocês. Eu não nego isso.
Porém é a mesma rota organizacional que Balaão tomou. É desacato à Palavra de Deus.
É falso ensinamento.
Então Balaão foi-se impetuosamente estrada
abaixo até que um anjo de Deus pôs-se em seu caminho. Mas esse profeta (bispo,
cardeal, dirigente, presidente e supervisor geral) estava tão cego para as
coisas espirituais pela idéia de honra e glória e dinheiro, que não pôde ver o
anjo de pé com a espada desembainhada. Ali estava ele para impedir a passagem
do insensato profeta. A pequena jumenta o viu e se desviou de um lado para o
outro até que finalmente apertou o pé de Balaão contra uma parede de pedra. A
asna parou e não prosseguia. Ela não podia. Então Balaão saltou e começou a
bater nela. A jumenta então começou a falar com Balaão. Deus permitiu que aquela
jumenta falasse numa língua. Aquela jumenta não era híbrida; ela era semente
original. Ela disse ao profeta cego: “Porventura não sou a tua jumenta, e não
te tenho carregado fielmente?” Balaão respondeu: “Sim, sim, tu és minha jumenta
e me tens carregado fielmente até agora; e se eu não conseguir te fazer andar,
vou te matar. . .Opa! o que é isto, falando com uma jumenta? Isso é estranho,
pensei que ouvi a jumenta falando e estava lhe respondendo.”
Deus sempre tem falado em uma língua. Ele
falou no banquete de Belsazar e depois no Pentecostes. Ele está novamente
fazendo isso hoje. É uma advertência de breve juízo vindouro.
Então o anjo tornou-se visível a Balaão.
Ele disse a Balaão que se não fora pela jumenta naquele momento ele já estaria morto
por tentar a Deus. Mas quando Balaão prometeu voltar, ele foi enviado com a
admoestação de dizer somente o que Deus lhe desse.
Então Balaão foi e erigiu sete altares
para os animais limpos do sacrifício. Ele matou um carneiro significando a vinda
do Messias. Ele sabia o que fazer para se aproximar de Deus. Ele tinha a
mecânica exatamente correta; mas não a dinâmica; a mesma coisa hoje. Vocês não
podem ver isto, nicolaítas? Ali estava Israel lá embaixo no vale oferecendo o mesmo
sacrifício, fazendo as mesmas coisas, porém só um tinha os sinais acompanhando.
Só um tinha Deus em seu meio. O formalismo não levará você a nada. Ele não pode
tomar o lugar da manifestação do Espírito. Foi isso que aconteceu em Nicéia. Eles
fizeram prevalecer a doutrina de Balaão, não a doutrina de Deus. E tropeçaram;
sim, eles caíram. Tornaram-se homens mortos.
Depois que o sacrifício foi feito, Balaão
estava pronto para profetizar. Porém Deus amarrou sua língua e ele não pôde amaldiçoá-los.
Ele os abençoou.
Balaque ficou muito irado, mas não havia
nada que Balaão pudesse fazer quanto à profecia. Ela tinha sido falada pelo Espírito
Santo. Então Balaque disse a Balaão para descer lá embaixo, no vale, e observar
a retaguarda deles para ver se não havia talvez alguma maneira dele poder
amaldiçoá-los. As táticas que Balaque usou são as mesmas táticas que eles usam hoje.
As grandes denominações olham com desprezo os pequenos grupos, e qualquer coisa
que acham entre eles para constituir um escândalo eles a ressaltam e a expõe em
alta voz. Se as pessoas modernas vivem em pecado, ninguém diz nada a respeito;
porém deixe um dos eleitos meter-se em apuros e cada jornal criticará isso por
todo o país. Sim, Israel tinha sua retaguarda (a parte carnal). Eles tinham o
seu lado que não era digno de louvor; mas apesar de suas imperfeições, pelo
propósito de Deus que opera através da eleição, pela graça e não pelas obras,
ELES TINHAM A NUVEM DE DIA E A COLUNA DE FOGO À NOITE, ELES TINHAM A ROCHA
FERIDA, A SERPENTE DE METAL E OS SINAIS E PRODÍGIOS. Eles eram vindicados _ não
em si mesmos, mas em Deus.
Deus não teve nenhum respeito por aqueles
nicolaítas com seus graus de PhD, LLD e DD e todas suas finas organizações e o
melhor que o homem podia ostentar; porém sim Ele teve respeito por Israel
porque eles tinham a Palavra vindicada entre eles. Certamente Israel não
aparentava ser muito elegante, tendo acabado de sair do Egito em fuga
apressada, mas de qualquer forma era um povo abençoado. Tudo o que invariavelmente
conhecera por mais de 300 anos era apascentar rebanhos, cultivar os campos e
trabalhar continuamente como escravo em temor de morte sob os egípcios. Mas ele
agora era livre. Era um povo abençoado através da soberania de Deus. Certamente
Moabe olhou para ele com desprezo. Todas as outras nações fizeram assim,
também. A organização sempre olha com desprezo para os não organizados e, ou
quer por determinação trazê-los para dentro da organização, ou os destrói
quando eles não vêm.
Ora, alguém pode me perguntar: “Irmão
Branham, o que o faz pensar que Moabe estava organizado enquanto Israel não estava?
Onde o senhor conseguiu essa idéia?” Eu a consegui bem aqui na Bíblia. Está
toda tipificada aqui. Tudo que está escrito no Velho Testamento em forma de
história está escrito para nossa admoestação a fim de que possamos aprender
dela. Aqui está exatamente em Num. 23:9: “Porque do cume das penhas o vejo, e
dos outeiros o contemplo: eis que este povo habitará SÓ, e ENTRE AS GENTES NÃO
SERÁ CONTADO.” Aí está. Deus olhando para baixo desde o cume das penhas, não em
algum vale olhando para seus pontos maus e condenando-os. Deus os vendo da
maneira que Ele queria vêlos _ desde as alturas do amor e da misericórdia. Eles
habitavam SÓS e não eram organizados. Eles não tinham um rei. Eles tinham um
profeta, e o profeta tinha Deus nele pelo Espírito; e a Palavra vinha ao
profeta e a Palavra passava para o povo. Eles não pertenciam à O.N.U. Eles não
pertenciam ao Concílio Mundial de Igrejas, aos batistas, presbiterianos, Assembléia
de Deus ou a qualquer outro grupo. Eles não precisavam pertencer. Eles estavam
unidos a Deus. Eles não precisavam do conselho de nenhum concílio _ eles tinham
o “Assim Diz o Senhor” em seu meio. Aleluia!
Agora, apesar do fato que Balaão conhecia
a maneira apropriada de se aproximar de Deus e podia trazer uma revelação do
Senhor por meio de um revestimento especial de poder, ele ainda era, não
obstante tudo isso, um bispo no falso grupo. Porque, o que fez ele então para
ganhar o favor de Balaque? Ele formulou um plano no qual Deus seria forçado a tratar
com Israel com morte. Assim como Satanás sabia que podia enganar Eva (fazê-la
cair em pecado carnal) e desse modo obrigar Deus a proferir Sua sentença de
morte decretada contra o pecado, assim também Balaão sabia que se pudesse fazer
Israel pecar, Deus teria que tratar com eles com morte. Então ele planejou uma
maneira de fazê-los vir e se ajuntar ao pecado. Ele enviou convites para virem
à festa de Baal-Peor (venham e adorem conosco). Ora, Israel sem dúvida vira as festas
dos egípcios, portanto eles sentiram que não era tão errado ir apenas olhar e
talvez comer com o povo. (Afinal de contas, o que há de errado em ter
companheirismo? Nós devemos amá-los, não devemos? Se não, como podemos
ganhálos?) Ser amigável nunca prejudicou ninguém _ ou melhor, assim eles
pensavam. Porém quando aquelas mulheres moabitas sensuais começaram a dançar e
a se despir enquanto rodopiavam executando seu rock-and-roll e seu twist, a concupiscência
cresceu nos israelitas e eles foram arrastados ao adultério e Deus com ira
matou quarenta e dois mil deles.
E isso foi o que Constantino e seus
sucessores fizeram em Nicéia e depois de Nicéia. Eles convidaram o povo de Deus
para a convenção. E quando a igreja assentou-se a comer, e levantou-se para
folgar (participando de formalismos, cerimônias e festas pagãs da igreja
nomeadas segundo ritos cristãos) ela caiu na armadilha; ela tinha cometido
fornicação. E Deus saiu fora.
Quando qualquer homem se desvia da Palavra
de Deus e se une a uma igreja em vez de receber o Espírito Santo, esse homem morre.
Morto! É assim que ele está. Não se una a uma igreja. Não entre em nenhuma
organização e não fique enredado com credos e tradições nem com qualquer coisa
que tome o lugar da Palavra e do Espírito, caso contrário você está morto. Tudo
está acabado. Você está morto. Eternamente separado de Deus!
Isso é o que tem acontecido em cada era
desde então. Deus liberta o povo. Eles saem por meio do sangue, santificados
pela Palavra, caminham através das águas do batismo e ficam cheios do Espírito;
porém depois de um tempo o primeiro amor esfria e alguém tem a idéia de que
eles devem se organizar a fim de preservarem-se e fazerem um nome para si, e se
organizam de novo ainda na segunda geração e algumas vezes até mesmo antes.
Eles não têm mais o Espírito de Deus, apenas uma forma de adoração. Eles estão
mortos. Eles se hibridizaram com credos e formalismos e não há vida neles.
Assim Balaão levou Israel a cometer
fornicação. Você sabe que a fornicação física é o mesmíssimo espírito que se
encontra na religião organizada? Eu disse que o espírito de fornicação é o espírito
da organização. E todos os fornicários terão seu lugar no lago de fogo. Isso é
o que Deus pensa a respeito da organização. Sim senhor, a prostituta e suas
filhas estarão no lago de fogo.
As denominações não são de Deus. Elas
nunca foram e nunca serão. É um espírito errado que separa o povo de Deus em
hierarquia e leigos; e é, portanto, um espírito errado que separa as pessoas
das pessoas. É isso que a organização e as denominações fazem. Ao se
organizarem eles se separam da Palavra de Deus, e entregam-se ao adultério
espiritual.
Agora, note que Constantino concedeu
festas especiais ao povo. Eram as antigas festas pagãs com novos nomes tirados
da igreja, ou em alguns casos, ritos cristãos que foram tomados e violados com
cerimônias pagãs. Ele tomou a adoração do deus sol e mudou-a para o Filho de
Deus. Em vez de celebrar em 21 de dezembro, que era quando costumavam celebrar
a festa ao deus sol, eles a avançaram para 25 de dezembro e a chamaram de aniversário
do Filho de Deus. Porém nós sabemos que Ele nasceu em abril quando surge a
vida, não em dezembro. E eles tomaram a festa dedicada a Astarte e a chamaram
de celebração da Páscoa na qual o cristão deve celebrar a morte e ressurreição
do Senhor. Na verdade era uma festa pagã dedicada a Astarte.
Eles colocaram altares na igreja.
Introduziram imagens. Eles deram ao povo o que chamaram de credo apostólico, embora
não se possa encontrá-lo na Bíblia. Eles ensinaram ao povo a adoração aos
antepassados, assim fazendo da Igreja Católica Romana a maior igreja espírita
do mundo. Toda ave imunda estava nesse esconderijo. E aí estão os protestantes com
suas organizações fazendo a mesma coisa.
Eles comiam
coisas sacrificadas aos ídolos. Ora, eu
não digo que isto realmente significa que eles estivessem comendo literalmente
carnes sacrificadas aos ídolos. Porque, embora o concílio de Jerusalém falara
contra tais coisas, Paulo não deu muita importância a isto, quando disse que os
ídolos não eram nada. Era apenas uma questão de consciência, a não ser que ofendesse
um irmão mais fraco e então não era permitido. Além disso, este Apocalipse tem
a ver com os gentios e não com os judeus visto que estas são igrejas gentias.
Eu vejo isto na mesma luz em que vejo as palavras do Senhor: “Se não comerdes a
Minha carne e não beberdes o Meu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Nem só
de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” Você pode
ver que comer é na realidade participar num sentido espiritual. Então, quando estas
pessoas estavam inclinando-se a imagens, acendendo velas, aproveitando feriados
pagãos, confessando seus pecados a homens (tudo o qual pertence à religião do
diabo), eles estavam tendo parte com o diabo e não com o Senhor. Eles estavam
em idolatria quer admitissem quer não. Eles podem falar o quanto quiserem que
os altares e o incenso são apenas para lembrá-los das orações do Senhor ou o
que quer que achem que isto significa; e podem dizer que quando oram diante de
imagens é simplesmente por questão de ênfase; e que quando confessam ao sacerdote,
é na realidade a Deus que o estão fazendo em seu coração, e quando dizem que o
sacerdote os perdoa, é apenas que ele o está fazendo em Nome do Senhor; eles
podem dizer o que queiram porém eles estão participando da bem conhecida religião
satânico-babilônica e têm se unido aos ídolos e cometido fornicação espiritual,
o que significa morte. Eles estão mortos.
E assim a igreja e o estado se casaram. A
igreja se uniu com ídolos. Com o poder do estado a apoiá-los, eles sentiram que
agora “O reino de Deus era vindo e a vontade de Deus fora imposta sobre a
terra.” Não admira que a Igreja Católica Romana não esteja esperando o retorno
do Senhor Jesus. Eles não são milenaristas. Eles já têm o seu milênio aqui
mesmo. O papa está reinando agora mesmo e Deus está reinando nele. Por isso
quando Ele vier, de acordo com eles, tem que ser quando os novos céus e a nova
terra estejam preparados. Porém eles estão errados. Esse papa é o cabeça da
falsa igreja, e vai haver um milênio, mas enquanto isso estiver ocorrendo ele
não estará nele. Ele estará em algum outro lugar.
A
ADMOESTAÇÃO
Apoc. 2:16: “Arrepende-te, pois, quando
não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da Minha boca.”
O que mais Ele pode dizer? Pode Deus
fechar os olhos ao pecado daqueles que têm tomado Seu Nome em vão? Há somente
uma maneira de receber graça na hora do pecado: ARREPENDER-SE. Confesse que
você está errado. Chegue-se a Deus em busca do perdão e do Espírito de Deus.
Este é um mandamento de Deus. Desobedecer é morte, pois Ele diz: “Farei guerra
contra vós com a espada da Minha boca.” A besta fez guerra contra os santos,
porém Deus fará guerra contra a besta. Aqueles que combatem a Palavra um dia encontrarão
a Palavra combatendo-os. É uma coisa séria tirar, ou acrescentar à Palavra de
Deus. Pois aqueles que a mudaram, e fizeram com ela como lhes convinha, qual
será o seu fim senão a morte e a destruição? Porém a graça de Deus ainda clama:
“Arrepende-te.” Oh, quão doce são os pensamentos de arrependimento. Nada trago
em minhas mãos, unicamente à Tua cruz eu me apego. Eu trago meu pesar. Eu me
arrependo de ser o que sou, e do que tenho feito. Agora é o sangue, nada mais
que o sangue de Jesus. O que será? Arrependimento, ou a espada da morte?
Depende de você.
AS
RECOMPENSAS
Apoc. 2:17: “Quem tem ouvidos, ouça o que
o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei
uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão
aquele que o recebe.”
Cada mensagem a cada era oferece um
incentivo ao crente, encorajando-o a ser um vencedor e por isso ser
recompensado pelo Senhor. Nesta era o Espírito está prometendo o maná escondido
e um novo nome escrito numa pedra branca.
Ora, uma vez que cada uma destas mensagens
é dirigida ao ‘anjo’ _ (mensageiro humano) uma grande responsabilidade, bem
como um privilégio maravilhoso, é o seu quinhão. A estes homens Deus faz
promessas especiais, como no caso dos doze apóstolos assentados sobre doze
tronos julgando as doze tribos de Israel. Além disso, lembre-se que a Paulo foi
dada uma promessa especial: a de apresentar a Jesus o povo da noiva de seu dia,
2 Cor. 11:2: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho
preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber,
Cristo.” Assim será com cada mensageiro que tem sido fiel à Palavra de sua hora
e de sua era. Será assim no último dia. Será a mesma recompensa especial que
foi dada a Paulo. Eu creio que a maioria de vocês se lembra que eu disse que
sempre tinha tido medo de morrer, receando que fosse encontrar o Senhor e Ele não
se agradasse de mim porquanto tinha falhado com Ele tantas vezes. Bem, eu
estava pensando nisso uma manhã enquanto estava reclinado na cama e de repente
fui arrebatado numa visão muito peculiar. Eu digo que era peculiar porque já tive
milhares de visões e nenhuma vez me pareceu deixar meu corpo. Porém aí eu fui
arrebatado; e eu olhei para trás para ver minha esposa, e vi o meu corpo ali
reclinado ao seu lado. Então me encontrei no mais belo lugar que já vi. Era um
paraíso. Eu vi multidões de pessoas, as
mais belas e felizes que já vi. Todos pareciam tão jovens _ cerca de 18 a 21
anos de idade. Não havia um cabelo grisalho ou uma ruga ou qualquer deformidade
entre eles. As jovens tinham, todas, cabelo até a cintura, e os jovens eram tão
vistosos e fortes. Oh, como eles me receberam com alegria. Eles me abraçavam e
me chamavam de querido irmão, e continuavam dizendo quão felizes estavam em me
ver. Enquanto eu pensava comigo mesmo quem era toda aquela gente, um ao meu lado
disse: “Eles são o teu povo.”
Eu estava tão surpreso que perguntei:
“Todos esses são Branham?”
Ele disse: “Não, são teus convertidos.”
Ele então apontou para uma senhora e disse: “Você vê aquela jovem dama que você
estava admirando há um momento. Ela tinha 90 anos de idade quando você a ganhou
para o Senhor.”
Eu disse: “Oh, que coisa, e pensar que era
disto que eu estava com medo.”
O homem disse: “Estamos descansando aqui
enquanto esperamos a vinda do Senhor.”
Eu respondi: “Eu quero vê-Lo.”
Ele disse: “Você não pode vê-Lo ainda; mas
Ele vem breve, e quando o fizer Ele virá primeiro a você, e você será julgado de
acordo com o Evangelho que tem pregado, e nós seremos seus subordinados.”
Eu disse: “Você quer dizer que sou
responsável por todos estes?”
Ele disse: “Cada um. Você nasceu um
líder.”
Eu
lhe perguntei: “Cada um será responsável? Que me diz de São Paulo?”
“Ele me respondeu: “Ele será responsável
por seu dia.”
“Bem,” disse eu, “tenho pregado o mesmo
Evangelho que Paulo pregou.” E a multidão clamou: “Estamos descansando nisso.”
Sim, posso ver que Deus vai dar uma
recompensa especial aos Seus mensageiros que têm se desincumbido fielmente da responsabilidade
que Ele colocou sobre eles. Se eles receberam a revelação da Palavra para
aquela era e fielmente pregaram em seu dia, e viveram o que pregaram, eles
receberão uma grande recompensa.
Agora com este pensamento em mente, examine
novamente o versículo: “Eu lhe darei o maná escondido.” Todos nós sabemos que o
maná era alimento angélico; era o que Deus fazia descer sobre a relva para
Israel no tempo de suas peregrinações. Era um alimento perfeito. Era admirável
como aquelas pequenas bolinhas de alimento mantinham-nos em perfeita saúde.
Ninguém ficava doente. Era tudo que eles precisavam. Quando a arca foi feita
eles puseram um pouco daquele maná dentro dela. Então a arca foi posta atrás do
véu e somente o sumo sacerdote ousava aproximar-se dela e além disso tinha que
ter o sangue sacrificial. O Pão do céu, simbolizado pelo maná, um dia desceu do
céu e tornou-se Vida para todos que crêem Nele. Ele disse: “Eu sou o pão da
vida. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá
para sempre.” Quando Ele foi-se embora nos deixou Sua Palavra: “Nem só de pão
viverá o homem, mas de toda Palavra que sai da boca de Deus.”
Sua Palavra era pão. Era o maná perfeito,
o qual, se alguém viver dele, nunca morrerá. Mas logo após a morte dos pais,
ninguém parecia conhecer a exata verdade e em pouco tempo este maná parecia ter
ficado escondido do povo. Mas em cada era Deus começou a dar de volta por
revelação o que estava escondido até que neste último dia de acordo com Apoc. 10:7,
um profeta virá e revelará todos os mistérios e então o Senhor virá. Agora em
cada era, digo, os mensageiros receberam verdade escondida. Porém eles não a
receberam somente para si mesmos. Mas é como aconteceu quando os discípulos
foram convidados para servir pães e peixes às multidões; Jesus lhes dava o
alimento partido, e eles por sua vez o davam às pessoas. Deus dá Seu maná
escondido ao vencedor. Não pode ser de outra maneira. Ele não abriria os Seus
tesouros àqueles que rejeitam o que já está revelado.
O que estive dizendo acerca do mensageiro
de cada era recebendo de Deus uma porção da verdade original do Pentecostes
está tipificado no Velho Testamento onde Moisés foi ordenado a tomar três
medidas e meia de maná e colocá-lo num vaso de ouro por detrás do véu do santo
dos santos. Lá o sumo sacerdote de cada geração podia entrar com sangue sacrificial.
Então ele podia tomar uma pequena porção deste maná (porque ele não se
estragava) o qual era parte do original e comê-lo. Agora, em cada era ao mensageiro
do Senhor para aquela era foi dada a revelação de Deus para aquele período específico.
Uma vez que o mensageiro fosse iluminado pela verdade, ele traria essa verdade
ao povo. E aqueles cujos ouvidos fossem abertos pelo Espírito ouviriam essa
verdade, creriam nela, e a viveriam.
Pois bem, há também a idéia da futura
participação do maná escondido. Eu penso que será a eterna participação da revelação
de Jesus Cristo nas eternas eras vindouras. De que outra forma poderíamos
começar a conhecer as insondáveis riquezas de Seu próprio Ser? Tudo que temos
anelado conhecer, todas as nossas perguntas não respondidas, tudo isso será
revelado. Será de Cristo, Que é nossa vida, que o receberemos. Oh, às vezes
pensamos que começamos a conhecer um pouco Dele e de Sua Palavra aqui embaixo,
e é tão bom, nos faz regozijar; porém um dia quando nossa carne for
transformada, essa Palavra e Ele se tornarão o que nós jamais sonháramos ser
possível.
Também diz aqui que Ele vai dar ao
vencedor uma pedra branca e dentro da (não sobre a) pedra um novo nome, que somente
o dono conhece. Ora, a idéia de um novo nome é uma idéia familiar. Abrão foi
mudado para Abraão, Sarai para Sara, Jacó para Israel, Simão para Pedro, e
Saulo para Paulo. Estes nomes ou ocasionaram uma mudança, ou foram dados por
causa de uma mudança. Foi somente depois que Abrão e Sarai tiveram seus nomes
mudados pelo Senhor que se tornaram aptos a receber o filho vindouro. No caso
de Jacó, ele teve que vencer e depois foi chamado de príncipe. No caso de Simão
e Saulo, quando receberam ao Senhor, a mudança deles veio. E hoje cada um de
nós, crentes verdadeiros, tivemos uma mudança de nome. Nós somos cristãos. É um
nome comum a todos nós. Mas um dia teremos outra mudança; com certeza receberemos
um novo nome. Poderia muito bem ser que esse nome fosse nosso nome original e
verdadeiro escrito no Livro da Vida do Cordeiro desde a fundação do mundo. Ele
conhece o nome, mas nós não. Um dia por Sua boa vontade, nós conheceremos
também.
Uma pedra branca. Quão bela. Aqui está
outro quadro do santo recebendo recompensa da mão de Deus por suas provas na
terra. Você sabe, depois de Constantino, a falsa igreja podia mergulhar sua mão
no tesouro estatal e assim erigir belos edifícios cheios de belas estátuas. Estas
estátuas, feitas de mármore branco, eram na verdade ídolos romanos renomeados como
santos. As igrejas e os seus mobiliários eram excepcionalmente belos, assim
como se vê hoje. Porém Deus não estava com eles. Onde estava Deus? Ele estava
com Seus santos em alguma pequena casa, ou numa caverna, ou em alguma área
montanhosa desértica onde eles se escondiam dos membros da falsa igreja. Eles
não tinham belos edifícios, corais com togas, roupas finas, e outras atrações
terrenas. Porém agora, nesta promessa especial aos verdadeiros crentes de todas
as eras, Deus declarou que Ele lhes dará recompensas de grande beleza e duração
eterna. Deixe os ricos desprezarem os pobres. Deixe-os dar grandes quantias à
igreja para que em troca possa honrar o doador colocando uma placa de mármore ou
alguma estátua em sua honra em exposição pública para que todos possam
aplaudir. Algum dia o Deus Que vê e conhece tudo, uma vez mais elogiará a viúva
por dar tudo que tem, embora sejam apenas duas pequenas moedas, e Ele Próprio recompensará
com os tesouros do céu.
Sim, o maná escondido e um novo nome numa
pedra branca. Quão bom é o Senhor para conosco em nos recompensar tão
maravilhosamente, sendo nós tão indignos. Oh, eu quero estar pronto em todo o
tempo para fazer Sua vontade, e acumular tesouros no céu.
Uma
Exposição das Sete Eras da Igreja
(An Exposition Of The Seven Church
Ages)
O
irmão William Marrion Branham pregou uma série de sermões de 4 a 11 de dezembro
de 1960 para receber inspiração para a Mensagem que ele escreveu neste livro, e
então pessoalmente, ele editou este livro muitas vezes durante cinco anos,
antes que fosse distribuído em 4 de dezembro de 1965. Esta tradução ao
português foi impressa e distribuída pela Gravações “A Voz de Deus.” Reimpressa
em 2009.
Todos
os direitos reservados. Este livro não pode ser vendido, reimpresso, traduzido
em outras línguas, ou usado para a solicitação de fundos sem a expressa
permissão escrita do editor ou do secretário da Associação Evangelística
William Branham.
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